Um velho “cavalo de batalha” do gênero Faroeste, uma história já feita antes em 1916 como Homens Marcados, com Harry Carey (amigo de Ford, e a quem este dedica o filme) e 1936 (com Chester Morris). Mas este é o primeiro produzido (pela Firma Argosy, distribuição original da Metro) e dirigido por Ford, que aproveitou a chance para lançar no cinema o filho do amigo, Harry Carey Jr (como The Abilene Kid), que dali em diante seria companheiro habitual de outras aventuras. Foi prejudicado por uma cópia escura e não tirada de internegativo original (por vezes mal se vê o rosto dos atores principalmente em planos gerais), o filme começa muito bem, usando bom humor, os atores preferidos do diretor (todos seus amigos estão presentes) e com Wayne em um de seus melhores dias. Quase inteiramente rodado em locações (o que também ajuda), o filme cai porém na parte final quando assume a alegoria religiosa, cheia de citações da Bíblia, com um final estendido e feliz que é bastante forçado. Embora Ford tenha sido um mestre com frequência deixava aflorar seu lado sentimental. Destaque também no filme do astro mexicano Pedro Armendariz (1912-63) que ficou amigo de Ford e morreu de câncer ao rodar Sangue de Bárbaros (56) num deserto de experiências nucleares onde seria vitima depois também Wayne e Susan Hayward (seu último filme seria Moscou contra 007). O filme é dedicado a Harry Carey (Sr. não seu filho Jr). Amigão de Ford com os dizeres Estrela Brilhante no Céu do Oeste.