Assalto à 13a DP **1/2
Este é um cult movie mesmo, inédito no Brasil até hoje, foi ele que revelou o diretor Carpenter, muito antes do sucesso comercial de Halloween e depois se especializar em terror. É uma fita barata, feita na fase pré-vídeo que é uma adaptação (parafrase, se preferirem) de Rio Bravo/Onde Começa o Inferno, 60, de Howard Hawks. Carpenter fez o roteiro e também a música desta fita passada numa quase deserta delegacia de Los Angeles que fica sitiada por uma gang juvenil em busca de vingança. Prepare-se para um bom thriller (texto original dos anos 80, no Guia de Filmes de Rubens Ewald Filho).
Este foi o primeiro longa-metragem sozinho do diretor cult John Carpenter, antes de Halloween transformá-lo em especialista no gênero fantástico. Também roteirista e autor da trilha musical, se inspirou abertamente em Onde Começa o Inferno (Rio Bravo) de Howard Hawks. Muito elogiado na época, mal conhecido no Brasil, a fita envelheceu bastante na interpretação dos atores e na pobreza dos cenários. Mas é possível notar a chegada de um talento promissor. A edição americana tem um precioso comentário do diretor em áudio auxiliar, que falta na duvidosa versão nacional que tem biografias esquisitas, comentários pessoais não-assinados, filmografia sem os títulos nacionais, além da habitual chamada dos outros lançamentos da empresa (texto original de Rubens Ewaldo Filho quando d edição em DVD pela Continental nos anos 90).
Dark Star **1/2
Este é um dos mais cults filmes do diretor Carpenter, na verdade, experimental e bem humorado, ha muito tempo esquecido por aqui. Melhor não reparar que é muito pobre e tecnicamente antiquado e curtir a brincadeira criada pelos realizadores. Um trabalho de total baixo orçamento contando a historia em 2150 de quatro astronautas no espaço sideral, com uma missão de destruir planetas instáveis no sistema estelar que ainda vão ser colonizados. Um deles, o falecido comandante Powell foi congelado de onde ainda consegue dar conselhos. Quando a missão fica mais próxima, eles têm que enfrentar um alienígena que parece uma bola de praia, um sistema de computador com falhas e uma bomba inteligente que acha que é Deus. O filme foi Cult na sua exibição no Brasil, mas depois ficou esquecido. Tinha 70 minutos, mas foi estendido para 83. Há um palavrão no computador Fuck Harris que se refere ao produtor Jack Harris, que o diretor odiava. O fim do filme foi inspirado no conto de Ray Bradbury, Kaleidoscope. Experimentem quem tiver senso de humor para o gênero já bem antigo.
Alguém Me Vigia **1/2
Uma mulher esta sendo vítima de uma figura misteriosa, um homem que a esta observando do edifício oposto a sua casa. Ela tenta chamar a policial que não a leva a sério o que a deixa sem alternativa se não procurá-lo. Quem faz a protagonista é a hoje esquecida modelo Lauren Hutton (Gigolô Americano, Studio 54,o mais recente foi Sexo por Acidente). Este não é um dos melhores trabalhos do diretor Carpenter, cultuado pelos trabalhos do gênero terror que vão dos clássicos da série Halloween, Fuga de Nova York, O Enigma de Outro Mundo etc. (incluindo sempre que ele cuida e cria a trilha musical). Considerado cult, esteTV movie veio logo depois do primeiro Halloween. Originalmente concebido especialmente para o cinema, o filme durante mais de duas décadas andou sumido porque não foi lançado em VHS nos EUA. A Warner finalmente o lançou em 2007. Durante a filmagem o diretor se envolveu com a futura esposa Adrienne Barbeau. Embora não seja tão famoso quanto os clássicos, tem várias semelhanças com o estilo do diretor (a ação em Los Angeles, movimentos de câmera a moda de Hitchcock e Janela Indiscreta, o movimento de câmera discreto e eficiente). Ou seja, recomendado mais para os fãs de Carpenter.
Trilogia do Terror **
O diretor John Carpenter além de produzir, dirigir os dois primeiros episódios também funciona como apresentador de todos os segmentos desta série feita para a TV. Está repleta também de citações para fãs do terror. Vejam só: no episódio do necrotério o diretor John Carpenter recebe a visita de Tom Arnold e o diretor Tobe Hooper; no episódio Posto de Gasolina há pontas dos diretores Wes Craven e Sam Raimi. No episódio Cabelo aparece Sheena Easton e com enfermeira a cantora Deborah Harry. Em O Olho temos como médicos, o veterano John Agar e o diretor Roger Corman. Apesar de tudo é irregular, tecnicamente precário. Chega a ser divertido, mas só para quem curte o gênero ou os atores. Talvez a primeira seja a melhor.