Namorada de Aluguel ***

Esta comédia adolescente ficou famosa no Brasil por causa de um publicitário esperto que inventou um anúncio onde colocavam nas locadoras a frase: “Aluga-se Namorada”! E por isso foi um Best seller. Ainda que na época ninguém acreditava no ator central que é o Patrick Dempsey, que era feioso, mas vou amadurecendo e virou um convincente galã (a partir da  série de TV Grey´s Anatomy). Ele faz Ronald Miller, que está cansado de ser um nerd e faz um acordo com uma das garotas mais populares da escolha para ajudá-lo a ter um toque mais cool, mais aceitável para os colegas de escola. Sua oferta é que ela passe por sua namorada durante um mês em troca de mil dólares. Mas o preço da popularidade pode ser muito alto.

Ela É o Diabo *1/2

Meryl estava tão ansiosa em provar que era capaz de fazer comédia que, insensatamente, aceitou este papel errado numa fita menor e dispensável. Na verdade, o papel de protagonista é o da comediante da TV Roseanne, gorda, feia e principalmente, má atriz. Ela destrói completamente uma fitinha que poderia ser divertida. Mas não dá para suportar a heroína, a esposa desleixada que fica revoltada quando o marido a troca por uma escritora de romances de sucessos (Meryl). Parte então para a vingança total, virando quase o diabo. Apesar dos esforços de Meryl (que realmente é boa comediante e tira o máximo de seu papel muito limitado), mas certamente este é o pior trabalho de sua carreira. É uma grande decepção. Tanto que a diretora sumiu da carreira e Roseanne em 2018 acabou perdendo seu emprego num show de TV ao falar mal dos negros! O marido é feito por Ed Begley Jr (filho de famoso coadjuvante).

Atração Mortal ****

Filme que virou Cult com humor sardônico, ferino, direção talentosa e um elenco de revelações que na verdade não fizeram o sucesso que almejavam. Winona é uma garota que anda com três meninas ricas e poderosas, todas chamadas Heather. Tudo muda quando ele se interessa por um recém-chegado rebelde - o nome, Jason Dean, já diz tudo. Meio por brincadeira, eles dão veneno à líder das Heathers e fazem tudo passar por suicídio. Isso provoca comoção na escola e uma onda de suicídios; tudo isso tratado com implacável ironia. Um filme meio irregular com momentos perturbadores e que se tornou Cult chegando a virar até musical. Pode até assustar o público comum, mas merece ser descoberta pelos fãs do cinema mais atrevido.

A Inocência do Primeiro Amor ****

Finalmente aconteceu na época o que parecia impossível: um filme para adolescentes inteligente, sensível, humano e adorável. Nada do espírito de pornochanchada de Porky´s e seus similares. O filme marcou a estréia na direção do roteirista David Seltzer, que além de Profecia I e II, escreveu filmes mais discutíveis como Uma Janela para o Céu e outros fracassos piegas como Six Weeks e Com Amor no Coração. Mas desta vez ele estava inspirado (embora não tenha ido muito mais longe). Aproveitou todos os personagens e situações clichês, mas revitalizou esses lugares comuns, sem deixar de lado a dor de crescer, de descobrir o primeiro amor, as contradições, as inseguranças. O protagonista é um garoto franzino e superdotado de 14 anos chamado Lucas (brilhantemente interpretado por Corey Haim, de A Hora do Lobisomem). Ele observa insetos, vai assistir concertos de música clássica escondido e se torna amigo de uma garota nova na cidade. Eles se tornam inseparáveis, mas só na cabeça de Lucas é que é possível aquele amor. Ela é dois anos mais velha e vai se interessar por um jogador de futebol. Mas nenhum dos personagens do triângulo é tratado com superficialidade, todos têm sua razão, procuram agir como seres humanos. E todas as situações têm charme. É impossível assistir o filme sem se envolver, sem se identificar com Lucas. Tecnicamente impecável, com um elenco perfeito, o filme demonstra um inesperado talento de realizador. Desta vez parece que Seltzer encontrou em si mesmo um diretor que fez justiça ao seu texto. Quem também brilha é a então muito jovem Winona Ryder, então estreante e que até hoje ainda prossegue carreira, mais outros conhecidos não foram para a frente, como Seltzer, com filmes menores como Dois Picaretas e um Bebê, o fraco Uma Luz na Escuridão e Palco de Ilusões. Como os depois famosos Charlie Sheen, Jeremy Piven. Mas o mais triste do filme é que Corey Haim iria se tornar astro de filmes para teens e jovens, em geral fazendo parceria com outro Corey Feldman (Haim ficaria viciado em drogas, falecendo em 2010).