Crítica sobre o filme "Coleção Tarzan III: Contra o Mundo, O Vencedor, As Amazonas, A Caçadora":

Rubens Ewald Filho
Coleção Tarzan III: Contra o Mundo, O Vencedor, As Amazonas, A Caçadora Por Rubens Ewald Filho
| Data: 09/09/2018

Tarzan e as Amazonas **

A série já estava decadente desde que foi assumida pelo produtor Sol Lesser na RKO. Mas Weissmuller (1904-84) ainda usa tanga, a macaca Chitah continua em forma, ele continua lutando com o crocodilo, Boy está quase adolescente e o filme tem um ar de ingenuidade antiquada que faz perdoar tudo. Primeiro dos 5 filmes de Brenda como Jane.

 

Tarzan Contra O Mundo ***

Johnny estava cada vez mais gordo, nesta aventura que é a mais diferente da série da Metro. Afinal mostra o herói de terno e falando mais do que costume. Meio King Kong, é baseado no conflito da vida dita civilizada do rei das selvas que agora tem que fugir pela Ponte do Brooklyn (ele pula lá do alto), tem que salvar Boy de um circo e acaba preso em jaula (e quem o ajuda como sempre são os elefantes que vão resgatá-lo ao ouvir seu chamado). O filme não coloca os coadjuvantes como vilões (o verdadeiro bandido só aparece nos EUA) e embora não faça muito sentido (imaginem os problemas de alfândega e transporte ainda mais em tempo de Guerra!), é pelo menos diferente e só tem a primeira parte passada na selva do estúdio da Metro. Foi o último filme de Maureen como Jane na série.

 

Tarzan e a Caçadora *

Um Tarzan já na fase RKO, do produtor Sol Lesser (Johnny faria apenas mais uma fita como Tarzan, passando depois para o personagem de Jim das Selvas). Jane é feita por Brenda Joyce (depois de Maureen, a que mais fez o personagem, chegando a trabalhar com o Tarzan posterior, Lex Barker). Johnny Sheffield que faz Boy, também ganharia logo a seguir sua própria série, como Bomba, o Garoto das Selvas. Quem faz Tanya é Patricia Morison, depois famosa estrela da Broadway (em ‘Kiss me Kate’). O filme é fraquinho com todos os clichês do gênero (inclusive o ataque dos elefantes).