Até mesmo um gênio celebrado no mundo inteiro tem suas falhas de egoísmo, aceitando fazer um filme em inglês, com atores americanos (e uns poucos amigos em geral mulheres suecas que sabem falar o idioma) e como castigo teve criticas de média para baixo, chamando-o de vaidoso e como de hábito levando pedras dos suecos seus parceiros. O fato é que não era preciso fazer este filme, apesar dele ter se encantado com o ator Elliot, naquela época ainda casado com Barbra Streisand (na recente biografia cinematográfica de Ingmar, ela aparece celebrando Ingmar com o maior orgulho e genialidade). Apesar disso é visualmente banal e está entre os filmes de menos impacto e sucesso do diretor. A história: um casal sueco tem problemas quando a esposa começa uma relação adultera com um arqueólogo norte-americano que está trabalhando perto da casa dela. Mas ele é um homem cheio de culpa e problemas, um judeu sobrevivente de campo de concentração e que procurou refugio nos Estados Unidos. Logicamente a relação entre eles será, portanto, mais difícil.
Na verdade, Bergman como um estrangeiro sem experiência nessas alternativas, náo consegue tirar o melhor de Gould, que é mais eficiente como comediante do que dramático e na época não chamou Liv Ullman para fazer a protagonista (ele já tinha encontrado Liv em 66 mas errou ao chamar a ex namorada Bibi, talvez porque na época Bibi já era uma estrela internacional em Hollywood e na Broadway). Enfim, melhor não ficar arranjando desculpas e evitar esse deslize menor.