Este foi o filme que realmente consagrou o astro britânico Day Lewis, descendente de nobre e milionários (1957, que é recordista de 3 prêmios Oscar). Este filme modesto, porém, feito para a televisão, foi o que o consagrou. O primeiro grande trabalho depois de alguma participação na TV e pontas (neste ano também saiu outro êxito, a comédia Uma Janela para o Amor, 85, seguido por A Insustentável Leveza do Ser, 88, e logo depois, Meu Pé esquerdo, 89, que foi o primeiro Oscar). O charme deste Lavanderia é que o filme foi pioneiro em desvendar a sociedade britânica de emigrantes como o que reflete aqui, muito ajudado pelo excelente diretor de muito talento e sucesso, Stephen Frears (que deveria ter sido premiado com Oscar, mas célebre por Ligações Perigosas, Philomena, A Rainha, Coisas Belas e Sujas, o recente Victoria e Abdul, e um telefilme polêmico chamado A Very English Scandal (18), o agora  novo State of Union (com Rosamund PIke), mas nunca levou o Oscar. Foi o primeiro filme a falar de um romance gay, rodado durante seis meses. A trama é meio banal, ou, se preferirem, original e datado: um jovem emigrante do Paquistão se envolve com um homossexual britânico, ambos lutando pela honra e o sucesso, ao abrirem uma loja de laundromat (lavagem de roupas). Há um segredo para o êxito fora sua boa e original história. Fugindo do convencional e sempre procurando os projetos mais difíceis, iniciou sua sucessão de indicações e prêmios, sempre com personagens limites, que exigiam grande preparação, de tal forma que começaram a dar forma a lenda de que ele realmente se tornava o personagem durante cada uma de cada filmagem, estudando e sentindo todas as facetas do papel. Para isso chegou mesmo a largar tudo para trabalhar alguns meses como sapateiro artesão em Florença. Ou seja, não perde tempo na filmagem, já chega inteiramente pronto e sabendo o que sentir e fazer. Aqui é outro exemplo disso num filme até agora não redescoberto.