Jodorowsky, Alejandro (1929-)
Diretor chileno, nascido em 7 de fevereiro, em Iquique. Filho de pais russos/argentinos, emigrado para o México, discípulo teatral de Arrabal, foi ídolo do Cinema Surrealista. Em 1953 foi para Paris estudar mímica com Marcel Marceau e fez um filme (que hoje está desaparecido) com performances mímicas, The Severed Head. Nos anos 60 esteve entre Paris e a Cidade do México, realizando peças teatrais e escrevendo livros. É pintor, diretor de happenings e performances, poeta e porta-voz da avant-garde. Criou o movimento Pánico. Seu filme El Topo foi um dos precursores do conceito de “cult” (fitas exibidas em sessões de meia-noite para públicos segmentados) e criou escola nos EUA. Passada a moda, tentou alternativas mais comerciais e até uma espécie de continuação de El Topo. Seu filme mais recente é um delírio poético com sua família, Poesia Sem Fim.
Dir.: 1957- La Cravate (Idem. CM). 1968 – Fando & Lis (Fando y Lis. Diana Mariscal, Sergio Klainer). 1970 – El Topo (Idem.Jodorowsky, Alfonso Arau). 1973 – A Montanha Sagrada (The Holly Mountain. Jodorowsky, Hector Salinas). 1979 – Tusk. 1989 – Santa Sangre (Axel Jodorowsky, Blanca Guerra). 1990 – O Ladrão do Arco Iris (The Rainbow Thief. Peter O’Toole, Omar Sharif).2013-A Dança da Realidade (La Danza de la Realidad. Pamela Flores, Brontis Jodorowski) .2016- Poesia sem fim (Poesia sin Fin. Adan e Brontis Jodorowski)
El Topo ***
Um dos grandes clássicos do cinema Cult. Exibido em Cannes provocando escândalo, depois foi descoberto nas sessões de meia noite nos EUA. É uma espécie de faroeste surrealista, que derrapa um pouco no ato final, mas que tem imagens marcantes e grandes sacadas visuais. O próprio diretor faz o herói e seu filho o garoto nu. Difícil de seguir, por vezes desagradável (como a obsessão do diretor por figuras deformadas e aleijados) com simbolismo (de todas as fontes e religiões) obscuro. Mas também é hipnótico e denotam um artista de verdade e não um enganador. Um filme lendário que só agora está disponível aqui. Prêmio Ariel de melhor foto e Prêmio Especial em Avoriaz.
Fando e Lis **
A famosa peça de Fernando Arrabal serviu de base para o primeiro longa do diretor Jodorowsky (1929-). Diretor chileno, nascido em 7 de fevereiro, em Iquique. Filho de pais russos/argentinos, emigrado para o México, discípulo teatral de Arrabal, foi ídolo do Cinema Surrealista. Em 1953 foi para Paris estudar mímica com Marcel Marceau e fez um filme (que hoje está desaparecido) com performances mímicas, The Severed Head. Nos anos 60 esteve entre Paris e a Cidade do México, realizando peças teatrais e escrevendo livros. É pintor, diretor de happenings e performances, poeta e porta-voz da avant-garde. Criou o movimento Pánico. Seu filme El Topo foi um dos precursores do conceito de “cult” (fitas exibidas em sessões de meia-noite para públicos segmentados) e criou escola nos EUA. Passada a moda, tentou alternativas mais comerciais e até uma espécie de continuação de El Topo. Em 2008, seus filmes saíram no Brasil em DVD. Este tem problemas pela falta de recursos e por estar a serviço de outro texto, no caso de um diretor de vanguarda e difícil de entender, com seu simbolismo e anarquia. Como é uma Performance (na época chamada de Happening) e surrealista, muita coisa vai se perder. Mas é boa introdução para os mais bem-sucedidos Topo e Montanha.
Santa Sangre **
Fenix (Axel Jodorowsky) e seus pais eram famosos artistas de circo, mas uma tragédia com toques de traição e fanatismo religioso destruiu a estranha família. Eternamente traumatizado, ele passa um tempo internado num hospital psiquiátrico, mas de lá é retirado pela mãe, Concha (Blanca Guerra), que passa a manipulá-lo. Com o que chama de “seus braços”. Foi premiado nos EUA na Academia de Ficção Cientifica dos EUA. Coprodução ente Itália e México. Os filhos do diretor Adan e Axel vivem o personagem de Fênix em idades diferentes. Este filme teve circulação no mundo todo para público de arte, mas há duas versões em vídeo, mais forte eroticamente com 120 minutos e outra com 123 min. O filme também tem toques de terror e teria sido influenciado por Buñuel. Menos acessível que outros do diretor.
A Gravata (La Cravate)
Este é apenas um curta metragem particular do artista Jodorowsky, assinando então como Alexandre antes de Alejandro, se inspirando no livro de Thomas Mann. Tem apenas 20 minutos e passou em maio de 57 na França. É a história em mímica de um jovem parisiense que passa sua vida vendendo cabeças humanas! O famoso Poeta Jean Cocteau também faz uma introdução. Este filme foi considerado como perdido durante 50 anos até ser descoberto num arquivo em um sótão na Alemanha.