Talvez eu tenha sido inspirado pelo fato de que este filme em 3D/Imax é a primeira produção do célebre e famoso diretor de blockbusters James Cameron que aparentemente sumiu desde Avatar (09) apenas aproveitando para ações menores (um telefilme chamado Toruk, the First Flight, 16), um atrasado The Last Train from Hiroshima, The Survivors Look Back, os Avatares previstos de 2020 a 25), um outro chamado The Informationist. Mas embora tenha assinado este filme como e planeja a série de TV True Lies, ele gentilmente passou o projeto para outro diretor que andava afastado, o latino mexicano Robert Rodriguez que nos últimos anos limitou-se a fazer um curta chamado The Limit, 18 e a série de TV Drink no Inferno (ou seja, 7 episódios, 14-16). E só agora anuncia um novo Machete, Deus nos Livre. Cameron assina então este blockbuster de cerca de 200 milhões de dólares que tem um elenco curioso (a sempre admirável Jennifer Connelly, o premiado duas vezes como Oscar, Christophe Waltz, desta vez muito discreto!), o hoje já oscarizado Mahershala Ali. Mais alguns veteranos e um pontinha rapada no final do sumido Edward Norton!
Na verdade, a figura mais interessante e estrelar é uma atriz latina/americana chamada Rosa Salazar (o nome já diz muito), que esteve em Maze Runner, Divergete, Prova de Fogo, um tal de Loucuras no México, Submerged, Chips o Filme, A Professora do Jardim da Infância, Caixa de Pássaros. Ou seja, não apenas nada de importante, mas ela se sobressai no filme porque lhe fizeram um trabalho notável de efeito especial ampliando seus olhos que ficaram enormes além de um corpo esquisito (na verdade, os dois efeitos são a razão de ser do filme e da moça, quando você ver ela banalizada vai ficar bem chocado!). O resumo do IMDB dá início meio exagerado dizendo o seguinte: Alita é criação de uma idade de Desespero. Ela é encontrada pelo misterioso Dr. Ido que estava procurando pedaços de Cyborgs. Ele faz uma operação elaborada, mas rápida que a torna uma figura letal e perigosa embora tivesse antes boas intenções. Não consegue se lembrar de quem é ou de onde veio. Mas parece que ela seria a única figura que seria capaz de quebrar o ciclo de morte e destruição deixada atrás por Tiphares. Terá que lutar e matar, quase como um anjo do céu e da more (atenção, esta literatice no IMDB não faz jus ao filme que é mais literal). Alita vai se envolvendo com um jovem de rua que vira um namorado (feito pelo jovem Keean Johnson, cuja carreira veio da TV), também a mãe dela misteriosa reaparece (Jennifer) que está envolvida com o bandidão (que é o Mahersala, menos marcante que em outros papeis). Basicamente ela vai descobrindo que tem enorme talento para lutas e perseguição em Iron City, cheia de robôs complicados e sofisticados. Principalmente em lutas fatais que na verdade são inspiradas num famoso Manga de Yukito Kishiro pelo qual Cameron se interessou já há mais de 15 anos atrás. Obviamente os efeitos de corridas e explosões e mortes vão se tornando se não originais e raras, muito bem conduzidas, com efeitos espetaculares (já que o filme teve um orçamento 200 milhões de dólares). Sem esquecer também lutas frequentes (o bandido Zapan vivido pelo aterrorizante Ed Skrein). Nem é preciso dizer que tem muita ação, direção de arte elaborada e armas de fogo hiper calibradas. Ou seja, é um blockbuster que merece seu adjetivo mesmo que sem chegar a ser um mega espetáculo. Ou seja, mais por conta de Rodriguez do que Cameron. Na verdade, assisti ao filme num Imax quase vazio e passivo. Isso sim assusta...