Crítica sobre o filme "Poderia Me Perdoar?":

Rubens Ewald Filho
Poderia Me Perdoar? Por Rubens Ewald Filho
| Data: 14/02/2019

Há pouco mais de sete anos Melissa se tornou a comediante da moda nos EUA quando teve a sorte de ser chamada para ser uma das garotas de Missão Madrinha de Casamento (11), onde deu shows em alguns momentos e conseguiu fazer esquecer que durante anos esteve na série de TV como coadjuvante, Gilmore Girls, e posteriormente Mike & Molly. Fez sucessos em altos e baixos, porque insistiu em colocar o marido ator malsucedido, Falcone, nesses projetos. E sua simpatia foi por água a baixo aos poucos, de tal maneira que este filme pode ser aquele que irá salvar sua carreira. Entres as bobagens recentes tem o muito fraco Crimes em Happy Time, uma comédia de palavrões para salvar a carreira dos Muppets! E pouco antes no malvisto Caça-Fantasmas para mulheres.

Aqui é a chance de se salvar (na verdade é bom dizer, ela é ótima quando consegue fugir da caricatura, boa atriz, mas de vez em quando escorrega e sendo mal dirigida com roteiros muito ruins). Por este filme houve uma tentativa de protegê-la, indicada ao Globo de Ouro (atriz e também para ator, o inglês Richard E. Grant), depois os mesmos para o SAG, Independent Spirit, críticos de Nova York e Chicago, Florida, Kansas City. O fato é que Melissa é muito talentosa, mas tem a tendência de fazer qualquer papel até em fitinhas B. Aqui felizmente muda de tom, ao interpretar a Lee Israel, que tem problemas com drogas, bebidas e falta de dinheiro. Quer fazer uma nova biografia, mas o agente dela não conseguiu. Para sobreviver chega a vender uma carta de Katharine Hepburn e a partir daí a situação vai ficando mais engraçada.

A realizadora é praticamente desconhecida. Marielle é da Califórnia, e teve dois prêmios especiais no Festival de Sundance, tendo sido diretora de O Diário de uma Adolescente (15), e dois novos que foram anunciados agora (Kolma, The Case against Eight e outro projeto com Tom Hanks), sem esquecer de participações pequenas como atriz.