É uma pena custar um pouco demais para estrear esta surpreendente comédia dramática do Peter Farrelly (que fez comédias como Quem vai Ficar com Mary?, O Amor é Cego, Ligado em Você e que já indicado como roteiro para o Globo de Ouro (como roteiro e diretor) melhor filme em Boston, Austin, Denver, Detroit, Hollywood Film Awards, Mil Valley, Middleburg, New Orleans, Palm springs, Philadelphia, San Diego, StLouis, Toronto Canadá, Virginia, Twin City.
Na verdade, é o melhor filme desse Farrelly, misturando humor, racismo, música, amizade, num roteiro muito bem desenhado que tem a alegria de reunir dois atores no melhor momento de seu tempo. Claro que já seria exagero elogiar o Maherhala Ali (que ganhou o Oscar por Moonlight, Sob a Luz do Luar, 16) que recompõe uma figura composta e pedante, com total carisma. Mas talvez a figura mais marcante seja a de Viggo Mortensen, que ultimamente também tem se demonstrado melhor do que se podia imaginar e aqui acerta em cheio, deixando-se engordar e fase comédia (ou composição). A história é real e muito interessante, começa em 1962, quando Tony Lip em 1962, Vallelonga, testa de ferro e segurança de vigaristas ou bandidos, trabalha como segurança num night club de luxo e muito famoso. Mas por causa de uma briga na hora errada o lugar é fechado e Tony vai procurar trabalho junto com um brilhante pianista negro que precisa de um guarda-costas/segurança que cuide dele numa viagem pelo interior do sul, através de cidades sempre um pouco racistas. Acabam acertando o projeto, mas a viagem é cheia de conflitos e lições para ambos os lados. Música, violência, lições de vida (quem faz a mulher de Viggo é a esforçada Linda Carvellini) e o filme aos poucos vai fazendo sentido, aos poucos formando a amizade.
O resultado do filme é mostrar tudo com humor na medida certa, com o elenco todo aparecendo de forma oportuna. Mas também humano e social. Neste momento teve bilheteria de cerca de 32 milhões de dólares. Experimentem, que vão gostar.