Crítica sobre o filme "Vidro":

Rubens Ewald Filho
Vidro Por Rubens Ewald Filho
| Data: 16/01/2019

Se você é daqueles que desistiu do célebre diretor Shyamalan, porque depois dele ter feito alguns filmes brilhantes de terror (Corpo Fechado, A Vila, O Sexto Sentido) achou que tinha se perdido e nunca mais faria grande coisa no cinema, esta é sua oportunidade de se arrepender e se redimir. De joelhos, sem desculpas. Na verdade, são dois filmes quase num só, ao menos unidos para fazerem mais sentido e dar brilho a um de seus mais empolgantes, fortes, assustadores trabalhos de sua carreira. A primeira coisa que vai ser surpreendente é perceber que na verdade este Vidro é uma espécie de continuação, melhor dizendo, é o reencontro de dois personagens que haviam brilhado (ainda que de forma estranha no Corpo Fechado), ou seja, os famosos atores, Samuel L.Jackson, como Elijah M. Price ou Mr.Glass, agora de volta com outra figura esquisita do mesmo filme e que atende como David Dunn, interpretado agora por Bruce Willis, ambos estavam no mesmo filme anterior só que tinha um resultado confuso e não muito bem claro para o espectador. Ambos estiveram de volta para participarem dos dois filmes mais recentes, este e Fragmentado (Split), 2016.

Antes de qualquer coisa tenho que confessar que vou ficando cada vez mais fã e admirador do ator inglês James MacAvoy (atualmente anuncia-se seu filme seguinte, como Professor Charles Xavier), enquanto aqui tem uma sucessão de performances, a saber: Kevin Wendell Crumb, The Beast, Patricia, Dennis, Heinrich, Hedwig, Jade, Orwell e Norma. Um show de tipos todos eles brilhantemente interpretados James e Casey Cook, feita pela única jovem que conseguiu entender e ajudar a múltipla figura monstruosa. O célebre Bruce Willis (com a cara de sempre) faz o guarda David Dunn que usa seus poderes supernaturais, que ajudar e talvez salvar MacAvoy numa de suas 24 personagens múltiplas. Gosto também muito da consagrada estrela de séries de TV Sarah Caulson (Carol, 12 Anos de Escravidão).

Acostume-se, o filme é complicado, mas uma insinuante bola de cristal, altos e baixos, vitórias e surpresas, ou outras vezes nem isso. Curiosamente o filme foi produzido pela Disney que se deu ao luxo de passar o projeto para Shyamalan porque assim usou material de Corpo Fechado e Fragmentado. Tomara que Shyamalan não se perca novamente e continua a fazer thriller espantosos como este. Experimente.