Crítica sobre o filme "Bumblebee":

Rubens Ewald Filho
Bumblebee Por Rubens Ewald Filho
| Data: 23/12/2018

É bom deixar claro que esta é uma versão nova, com pretensões de atingir o público mais juvenil (ainda que tenha cenas e soluções negativas para jovens teens) no que vem a ser uma aventura repetitiva e sem novidade, da série famosa do gênero que foi originalmente criada por Michael Bay (responsável pelos filmes Transformers a Vingança dos Derrotados, 09, O Lado Oculto da Lua, 11, A Era da Extinção, 14, O Último Cavaleiro, 17. Consta ainda que será o produtor de outros futuros da série, números 7 e 8 ). Steven Spielberg também assina como co-produtor! Infeliz ideia... Enfim, se vocês viram um já conhecem os outros, neste caso a direção é de um animador de prestigio Knight, que fez desenhos interessantes como Coraline e o Mundo Secreto, ParaNorman e Os Box Trolls. E o mais famoso Kumbo e as Cordas Mágicas. Ele assinava como animador mas Infelizmente não há nada no filme que tenha algo de novo ou que faça sugerir um outro e novo talento para o Sr.Knight. Até os delírios de Bay, que nunca foi essas coisas, foram melhores do que o atual. Não que seja especialmente ruim, é somente tolinho e malsucedido, mas também por longos períodos, mostra tudo que já foi visto e melhor do que aqui.

Eu gosto da mocinha Hailee Steinfeld que foi indicada ao Oscar por Bravura Indômita e depois teve certa sorte em outros filmes (Quase 18, A Escolha Perfeita 2, Ender Game), confirmando que é cantora e boa para comédia. Mas sei lá porque emagreceu demais e não tem um momento de brilho ou humor ou algo mais original. Se a gente já frequentava a estafa exagerada do roteiro ficar repetindo os clichês das aventuras e perseguições, embora insistam em afirmar o oposto (dizem que não é uma continuação, mas uma variante, baseada no popular Autobot Bumblebee assim como para ser um “prequel” dos filmes dos Transformers). A sinopse afirma que a ação sucede no ano de 1987, o que explicaria a audição de algumas canções pops antigas que alternam as cenas: o herói se refugia numa cidadezinha à beira-mar na Califórnia numa casa interessante (até demais!) em que a heroína chamada Charlie, perto dos 18 anos, procura encontrar um lugar no mundo (a família tem enorme paciência mas demora-se muito para se agradar com a adolescente, mesmo quando ela descobre que o Bumblebee não é um mero carro tipo Volkswagen amarelo!). Detalhe como eu temia: os britânicos cortaram seis segundos do filme achando violento demais! Como filme para criança achei inadequado. Para os fãs, se é que ainda existem, os delírios de Michael Bay podem ser bem mais interessantes.