Crítica sobre o filme "De Repente uma Família":

Rubens Ewald Filho
De Repente uma Família Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/12/2018

Esta é uma surpreendente e muito engraçada comédia que vá se entender porque é outro filme que rendeu uma bilheteria muito menor do que merecia (estreou por lá em 16 de novembro, custou como orçamento 48 milhões de dólares e rendeu ate o momento apenas 46 milhões!). Na sessão que assisti a plateia ria muito e se divertia com a dupla de atores, onde até mesmo o irregular Wahlberg está bem em forma muito ajudado pela Rose Byrne (outra ótima do gênero, que é australiana e acertou também com humor em filmes como Missão Madrinha de Casamento, Vizinhos, A Espiã Que Sabia de Menos, Elizabeth Nua e Crua).

O diretor do projeto (Wahlberg foi um dos produtores) é o diretor Anders, fez antes Pai em Dose Dupla I e 2(15), Este é meu Garoto (12), Sex Drive Rumo ao Sexo (08), Quero Matar meu Chefe 2 (14). Ou seja, Sean é evidentemente um mestre atual do gênero, com muitas reviravoltas e brincadeiras engraçadas (há apenas uma ceninha discutível com violência com crianças destruindo uma casa, mas enfim...). O timing de comédia, que é sempre muito difícil, acerta sempre aqui sem cair na chanchada com a feliz escolha de grandes figuras do humor como coadjuvantes, como a velha mãe (a deliciosa Margo Martindale), a célebre Joan Cusack numa participação sem dúvida especial, a veterana Julie Hagerty (alguém se lembra dela em Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu?), a três vezes indicada com o Oscar Octavia Spencer. Sem esquecer as três crianças latinas que tem o papel importante, são elas que foram escolhidas por um casal sem filhos que resolveu corrigir esse problema. E dali em diante, frequentam um grupo de casais semelhantes e assim se expandem melhor as piadas e gags, te garanto que bem melhor do que você imaginava. É lógico que é farsa, mas é tempo bem empregado.