Crítica sobre o filme "Robin Hood - A Origem":

Rubens Ewald Filho
Robin Hood - A Origem Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/12/2018

Nos últimos tempos, era difícil eu discordar da opinião dos críticos americanos e mesmo dos locais, mais por algum motivo ainda não bem explicado, isso tem sucedido esta temporada com bastante frequência. É o caso desta nova aventura de Robin Hood, totalmente original e produzida por Leonardo Di Caprio (e como diretor um sujeito que eu desconheço até agora, um certo Hotto Bathurst, britânico (nascido em 1971), que fez carreira basicamente como diretor de séries de televisão, que incluem The National Anthem para Black Mirror, um documentário chamado Guardian of the Amazon, 02, sobre pesquisador brasileiro chamado Marcio Ayres, Peaky Blinders Sangue Apostas e Navalhas. Suponho que sua liberdade de ação tenha ajudado ele a escolher um elenco diferente de todos os Robin Hoods do passado (que eram ótimos no século passado com Errol Flynn, mas foram todos bobinhos nos tempos recentes!). Se dá ao luxo de enterrar o passado e fazer uma aventura alegórica, com excepcional direção de arte e reúne alguns dos atores preferidos do momento, começando com um que eu simpatizo muito, o baixinho mas eficiente Taron (que estourou na série Kingsman e o divertido Voando Alto), o premiado Jamie Foxx num papel forte e que até surpreendente, Ben Mendelsohn, que é o vilão favorito do momento, a bela Eve Hewson, a irlandesa de A Ponte dos Espiões, Papillon, Ponte dos Espiões etc. Ficou difícil reconhecer o galãzinho Jamie Dornan, da série Cinquenta Tons de Cinza (quase atrapalha o filme), e o ressuscitado F. Murray Abraham (depois de crise de alcoolismo, ele retorna, ainda lembrando que ganhou o Oscar por Amadeus).

Talvez o maior reparo que se possa fazer ao filme é que em meio a muita ação e luta e com mais destreza do que o papo furado dos trabalhos anteriores, propositalmente ou não, tem momentos que parecem ter sido inspirados na hoje lendária série Game of Thrones. O que não me parece um problema, mas uma citação. Por outro lado, a trilha musical é incessante, a ação é diferente das coisas costumeiras e em nenhum momento o filme me cansou ou aborreceu. Confiram.