Crítica sobre o filme "Juliet, Nua e Crua":

Rubens Ewald Filho
Juliet, Nua e Crua Por Rubens Ewald Filho
| Data: 04/10/2018

Em princípio você com certeza não iria esperar muito desta comédia romântica com um elenco apenas razoavelmente famoso. Duvido muito que em tempo de eleição alguém esteja disposto a se distrair vendo algo deste gênero. Annie (Rose) tem um relacionamento bastante antigo com Duncan (Dowd) que por sua vez é uma fã obsessivo de roqueiro não muito famoso, um certo Tucker Crowe (Hawke). As coisas mudam e ficam diferentes quando um disco (demo) de repente se torna um sucesso. É bom eu avisar antes de ir muito mais longe que todo o filme muda de figura quando se fica sabendo que é baseado na obra de um dos escritores britânicos mais queridos pelo público, em particular jovem. Falo de Nick Hornby. Já que os outros envolvidos não são assim famosos, que é o caso do diretor Jesse Peretz (que dirigiu séries de TV, mas apenas dois longas, O Idiota do Meu Irmão,11 e O Chateau.Os roteiristas foram Evegenia Peretz, Jim Taylor e Tamara Jenkins.

Hornby para quem não se lembra é um autor muito querido: Brooklyn, Um Grande Garoto, Livre, Love Nina, Alta Fidelidade, Uma Longa Queda, Amor em Jogo, entre outros.

Há um certo charme com Rose que na historia é daquelas que deseja uma nova chance da vida. Curiosamente Rose estava com seis meses de gravidez durante a filmagem. Então tiveram que usar truques de câmera e acessórios. A canção que finalmente fica famosa foi construída pelo diretor durante 3 anos e foram consultados 35 Artistas. Ou seja, o filme também se refere a músicas e os fãs. Sendo que o diretor também é músico. Uma curiosidade: Nick pode ser revisto ao lado de Rose na cena do museu quando Tucker toca Waterloo Sunset. Vamos lá Nick não vá desapontar seus admiradores!