Crítica sobre o filme "Pequeno Favor, Um":

Rubens Ewald Filho
Pequeno Favor, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/09/2018

Esta é a versão de um grande best-seller americano (o livro na versão brasileira já esta disponível em sua terceira edição!) que é uma nova experiência do diretor Feig, que tem sido especialista em boas comédias (como a série Freaks and Geeks, As Bem Armadas, A Espiã que Sabia de Menos), mas já não deu tão certo com o recente Caça Fantasmas. Na verdade, a melhor de suas comédias foi mesmo Missão Madrinha de Casamento que transformou em estrela Melissa McCarthy. Só que aqui não é exatamente uma comédia (embora tenha humor, algumas sacadas curiosas, envereda pelo romance e o policial). Também é um duelo entre duas atrizes de sucesso atualmente no cinema norte-americano que vem a ser uma de minhas preferidas Anne Kendrick (que tem uma carreira interessante porque começou carreira na Broadway, foi indicada ao Tony, teve indicações ao Oscar, Bafta e Globo de Ouro, Amor sem Escalas, mas também merecia algo por Into the Woods). Ela faz Stephanie uma dona de casa com filho pequeno que se diverte com programa de culinária na TV, tipo You Tube, onde conversa com o público fazendo fofoca além da comida. Não é uma pessoa feliz, mas a vida inteira muda quando vem a conhecer uma belíssima loira que é a Blake Lively, muito conhecida porque é casada com dois filhos com o bem sucedido Ryan Reynolds. São dois tipos de mulheres, cada uma com seu problema e personalidade, que irá envolver o marido de Blake, que é feito por um ator oriental (um papel importante para um apresentador da TV da Malásia, Henry Golding, o que demonstra que Hollywood cada vez mais quer o dinheiro que vier da China e do Oriente em geral).

Bom, este tipo de filme indicado sem dúvida ao público feminino, funciona bem porque é difícil de classificar, não é comédia, não é bem drama, mas tem suspense, reviravoltas, situações estranhas que vão de adultério a romance, assassinato e assim por diante. Achei o filme um pouco prolongado (como se o diretor não tivesse um maior controle da narrativa, com uma edição mais divertida). Mas não é para ganhar prêmio, tem resoluções curiosas acredito que possa ter uma boa carreira nos cinemas. E dá força a duas estrelas em plena ascensão.