Crítica sobre o filme "Mistério do Relógio, O":

Rubens Ewald Filho
Mistério do Relógio, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 26/09/2018

Acho fundamental antes de tudo ter que confessar que eu detesto o diretor Eli Roth, que considero de quinta categoria, especialista em baixarias e imitações grosseiras de fitinhas de terror e excessiva e desnecessária violência começando com o desprezível Cabana do Inferno (2002) que foi seguido por outros do gênero como O Albergue, 05, Albergue 2, 07, Canibais, 13, Bata Antes de Entrar, 15, e Desejo de Matar, 18. Até que finalmente depois de ter esses semi fracassos sucessivos resolveu partir para algo mais comercial com a adaptação de uma história de mistério 1973, classificada como novela de mistério para adultos (!) escrita por John Bellairs e Edward Gorey, The House with a Clock in Its Walls com o atrevimento de conseguir para estrelar duas figuras famosas, Cate Blanchett e Jack Black e os menos conhecidos Owen Vaccaro e and Edward Gorey. Qualquer semelhança com Hogwarts não é mera coincidência, mas obviamente uma imitação/cópia/exploração de Harry Potter.

A história se passa em 1955, quando há um trágico acidente fazendo com que o garoto Lewis vá viver com um trio excêntrico (Black) que vive numa casa esquisita e bizarra. Um relógio esquisito na parede da mansão misterioso, começa a ser a figura fantasmagórica que pode vir com “o fim dos dias” numa corrida contra o tempo. A sinopse oficial é mais clara: Lewis Barnavelt depois que perdeu os pais é mandado para Michigan e descobrirá que o tio Jonathan é um chamado warlock, ou seja, um mestre de magia e bruxaria. Lewis conhece outro mágico, Isaac Izar que deseja causar o apocalipse. Ele morreu antes de terminar o relógio, mas o escondeu na casa agora do tio. E tem que encontrá-lo antes de Selena a mulher de Isaac o descubra.

O lado positivo do filme, um pouco violento demais para crianças (o que se podia esperar de Eli?), é onde para adultos desperta o interesse com a presença da notável Cate Blanchett sofisticada e até exagerada pouca ajudada pelo roteiro que se repete (e fazem falta os personagens mais interessantes de Harry Potter) e o esforçado Jack Black, que continua a se repetir no mesmo tipo de sempre, mas ao menos com certa simpatia. Claro que a verdadeira estrela seria a casa mansão que tenta parecer de Hogwarth e uma ambiciosa direção de arte. Que acaba sendo a melhor coisa do filme. O filme pode assustar crianças pequenas e mais recomendada para os que tem mais de 10 anos. Curiosamente o elenco de apoio é pouco famoso,com a exceção da esquecida Coleen Camp e Kyle MacLachlan. Curiosamente as empresas de Spielberg a Amblin e Dreamwoks são coprodutoras!