Crítica sobre o filme "22 Milhas":

Rubens Ewald Filho
22 Milhas Por Rubens Ewald Filho
| Data: 26/09/2018

Poucos se lembram de quando Peter Berg tentava a sorte como ator, esteve em cerca de 51 créditos ainda que em nada tão memorável, ação como Hancock, Leões e Cordeiros, A Última Cartada, Colateral, Arma Secreta da Máfia, Cop Land e assim por diante. Já serve para dar uma ideia do que se trata o gosto (duvidoso) do rapaz/senhor que continua se exercitando em filmes de aventura. Como nos recentes O Dia do Atentado, O Grande Herói e Horizonte Profundo Desastre no Golfo.

Esta nova parceria tem várias coisas curiosas difíceis de explicar. Wahlberg diz até uma frase que é roubada de George Orwell (as pessoas dormem em paz na cama de noite porque há sempre homens violentas que cuidam deles!). O curioso é que o filme foi rodado na Colômbia, em Bogotá, e Berg ate tentou realmente quis filmar o presidente Juan Manuel Santos. E as cenas que sucedem na Ásia e México foram feita na Colômbia mesmo porque seriam mais seguras. Mas principalmente em Atlanta, Georgia.

De qualquer forma, a dupla não merece muito. Nem grande coisa. Mark faz o papel de James Silva, um importante agente da CIA que ajudado por um grupo de oficiais de comando tático top-secret, tem a missão de encontrar um material ultra secreto o “ Mile 22” antes do inimigo. Não foi mal de bilheteria nos EUA onde em duas semanas já rendeu 35 milhões de dólares (o que corresponde ao custo do orçamento do filme). O que é muito considerando que o Sr. Wahlberg não dá qualquer sinal de melhorar como ator (a melhor coisa elogiada pelos críticos foi o trailer!). E a meu ver a presença do sempre divertido e esquisito John Malkovich.

A história é toda ficcional, ou seja, nenhuma denúncia ou crise maior. A não ser demonstrar o sempre enorme poder dos soldados americanos mesmo quando são vítimas dos soviéticos e imagino que o presidente atual não aprovou muito isso. Enfim, não é para levar a sério, o herói lembra o personagem de Jack Ryan que perdeu a família, e nem sempre foi reconhecido pela CIA. Ele tem uma ligação com a Alice (a pouca conhecida Lauren Coahn) e o título do filme se refere quanto ao número de milhas entre a embaixada americana e a pista de embarque do avião de onde irá participar a missão. Alias é o filme mais curto de todos os que uniram a dupla ator/diretor. Patrioteiro obviamente nem por isso é notável.