A cotação já é generosa para um filme longo e repetitivo (a parte final então parece interminável, se alongando sem a menor necessidade). A melhor coisa ainda é a presença do muito veterano Christopher Plummer, recém indicado a outro Oscar que está completamente à vontade com sua idade (ele nunca convenceu em A Noviça Rebelde, mas a passagem do tempo e a experiência no teatro acabaram por transformá-lo num grande ator e exemplo disto é sua presença aqui, como o pai da heroína, que é discreto traficante de droga e um homem muito querido). Realizado por uma mulher jovem e bonita Shana (que fez antes alguns filmes românticos pouco conhecidos) é sobre essa família atrapalhada onde a figura importante é Vera Farmiga, que é uma pessoa insegura que não acerta com namorados, vive cercada de cachorros que recolheu quando perdidos, por um filho jovem adolescente problemático e amigos excêntricos (sem esquecer de namorados que não dão certo). Tudo que faz é errado e não especialmente engraçado, mas também não dá para irritar. A confusão fica mais difícil quando o pai reaparece e retoma os maus hábitos (mas como no fundo é uma boa pessoa, não vai importar muito que ele negocie maconha, o que hoje em dia nos EUA já seria coisa banal! Não precisava ter essa crise na história). Enfim, Vera Farmiga (de A Freira) é uma atriz prestes a explodir a qualquer momento, mas não foi ainda aqui. Mesmo o mestre Plummer parece entediado com a história tão bobinha e repetitiva. Que não vale a pena.