Crítica sobre o filme "Herdeiras, As":

Rubens Ewald Filho
Herdeiras, As Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/08/2018

Este foi o filme mais premiado do recente Festival de Gramado, onde foi vencedor como melhor roteiro, atriz (empate entre Ana Bruno, Ana Ivanona, Margarita Irun), melhor filme do júri popular, melhor direção. Um evento especial que inclui também a presença da nossa estrela Regina Duarte. Além disso, é bastante raro conseguirmos ver um filme Paraguaio com tanto êxito e repercussão. Conta basicamente a história de duas mulheres, Chela e Chiquita, que vieram de famílias ricas de Assunção, que são parceiras há mais de 30 anos. Mas com o passar do tempo a situação econômica vai piorando. E elas começam a vender tudo que possuem. Até que Chiquita vai presa por fraude e elas são obrigadas a enfrentar a realidade. A saída é servir de chofer de taxi para um grupo de outras senhoras de idade e com bastante dinheiro. Vai se virando, mas é uma mulher mais jovem (Chela) que irá ajudá-la a melhorar de situação. Um filme modesto e humano, indicado em especial as mulheres de certa idade, que tem sido um sucesso em todo o mundo (na verdade existe um público para esse tipo de projeto) até porque é muito fácil simpatizar com as atrizes e a humanidade das situações. Modesto mas sensível, é um dos raros filmes atuais que merecem serem vistos e admirados.