Crítica sobre o filme "Benzinho":

Rubens Ewald Filho
Benzinho Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/08/2018

Não posso esconder que tenho especial simpatia por este filme humano, simpático, muito brasileiro e que já esta em cartaz nos cinemas logo depois de ter feito sucesso merecido no Festival de Gramado, onde ganhou os prêmios do público, da crítica, do júri para atriz (a carismática Karine Teles que já está na Globo), e a brilhante e grande atriz Adriana Esteves, que aceitou um papel menor que lhe valeu o prêmio de atriz coadjuvante. Também levou dois prêmios em Málaga.

Conheci o diretor num Festival de cinema brasileiro em Los Angeles e depois uma vez anterior em Gramado onde ganhou prêmio pelo primeiro longa de ficção, aliás, com Karine que foi Riscado (2010). Fez também um documentário chamado Pretérito Perfeito (06). Tudo vem confirmar a impressão que tive que este seria o possível sucesso de surpresa do cinema brasileiro neste ano. Se bem que nunca chegue a exageros ou chanchadas. Oportuno e divertido, é o tipo do filme muito difícil de se encontrar hoje em dia.

Já acho o título do filme muito bem sacado: é sobre o primogênito de uma família de classe média com 4 filhos que é convidado para jogar handebol na Alemanha o que provoca em sua mãe (Karine) sentimentos contraditórios, ela ainda tem problemas para conseguir um diploma de secundário, e, além disso, tem que ajudar a irmã problemática que saiu de sua casa com um filho (Adriana Esteves), lidar com a instabilidade do marido com problemas em sua loja (o ator subestimado Otávio Müller) e ainda se desdobrar para dar atenção ao seus outros filhos. O lado bom é que o filme passou em Sundance e conquistou admiradores (foi inscrito para o Oscar e por enquanto eu voltaria nele!). Vi também elogios da crítica estrangeira sobre o que chamaram de Flashes impressionistas!

Mas a uma coisa tenho a certeza: as mães e mulheres irão adorar e se divertir e se identificar com este notável filme.