Crítica sobre o filme "Egon Schiele - Morte e a Donzela":

Rubens Ewald Filho
Egon Schiele - Morte e a Donzela Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/07/2018

Ainda tenho bem próximo de mim outro filme biografando o pintor, especialistas em nus e apaixonado por duas mulheres, no que se chamava Excesso e Punição (Exzesse, 1980), direção de Herbert Vessely, com Jane Birkin, Mathieu Carrière, Christine Kauffman, todos eles atores da moda. Uma realização chique e instigante, ao menos daquele momento. Apresentado com certa ironia, já que dizem que hoje em dia os grandes artistas da França, estão fora de moda, superados pelos costureiros de moda, Mas isso não estaria acontecendo na Alemanha, onde além deste remake apresentaram pouco antes um certo Lou Andreas-Salome. Assim conta como em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial, o pintor Egon cuida de sua mulher Edith, gravemente doente. Sua irmã mais nova o encontra num estado lamentável no decadente atelier. Oito anos antes ele havia abandonado os estudos de Belas Artes, preferindo procurar seu próprio estilo de nus. Procura uma nova modelo que vem a ser a dançarina do Tahiti chamada Moa, que será sua primeira musa. Mas a mulher de sua vida será Wally, que ele descobre numa visita ao também pintor Klimt. Ela será de grande ajuda quando passa a ser descoberto e famoso internacionalmente. É quem sem duvida o pintor é uma figura fundamental no chamado expressionismo austríaco, provocador, até chocante, numa época onde certas ousadias era inaceitáveis. Na Europa foi muito elogiado o ator que faz Schiele (Noah Saavedra) que esteve em 007 contra Spectre, mas pouca coisa de importância. O diretor aqui é um vienense veterano (1944), com 20 créditos e nada depois deste filme (nada exibido aqui, teve indicações a prêmios por este filme, ganhando um premio Romy).

Cabe a pergunta: quem viu o anterior vale ver esta nova versão? Positivo, para quem curte o gênero e o estilo de arte. Sem grandes expectativas, porém.