Longo demais para um filme de terror, este filme tem o charme de um pôster curioso e intrigante. Não conhecia o diretor Ari Aster, que é americano, formado no American Film Studio e que dirigiu antes curtas-metragens inéditos, sem maior repercussão, ou seja, este é seu primeiro longa e teve uma reação nos EUA dividida (custou dez milhões de dólares, foi rodado em Salt Lake City, Utah, estreou no ultimo Festival de Sundance e teve até agora um orçamento razoável de 27 milhões de dólares).
A meu ver sua maior qualidade é a presença como protagonista da notável australiana Toni Colette (de quem sou fã desde O Casamento de Muriel, indicação ao Oscar por O Sexto Sentido e assim por diante, sempre versátil e interessante). Aqui o ponto de partida é a família Graham que quando a matriarca morre, a filha e a família resolver descobrir segredos terríveis sobre os ancestrais.
De qualquer forma, o elenco provoca certo respeito e traz o quase famoso Alex Wolff (Jumanji, O Dia do Atentado) e faz uma certa referência ao clássico Halloween (78). O curioso é que o filme provocou certa rejeição com o público mais jovem, mas foi bem recebido pela crítica norte-americana. Que gostou especialmente da caixa de pesadelos, que consegue provocar arrepios em certos espectadores. Mas alguns acharam tudo um pouco lento demais. Tony faz Annie, uma artista que trabalha com miniaturas e dioramas, lamentando também a morte de mãe. Basicamente é a história de uma família que tenta lidar com a morte, em particular Annie, descobrindo os segredos junto com o marido Steve (o veterano Byrne) e dois adolescentes. Só que em vez de partir para terror descarado o filme opta por criar um visual requintado e artificial. Talvez tenha sido por isso que os críticos aprovaram e alguns chegaram a considerá-lo um clássico no estilo Os Inocentes. Tudo são razões para tornar o filme no mínimo interessante! Experimente.