Preciso confessar que não sou admirador de determinado tipo de filme, extremamente letárgico e irritante, que com frequência o Festival de Cannes insiste em coroar. Na verdade, é uma brincadeira entre amigos que parece improvisado, já que o diretor do filme faz o papel principal de, olhem só que novidade, de um diretor de cinema e que tudo indica também é um contumaz alcoólatra. Ou seja, no fundo é um retrato dele, feito as pressas, ao que parece durante um Festival de Cannes usando como o motivo mais curioso, o fato de que uma moça bonita perde seu emprego porque a chefe resolveu despedi-la achando que não é de confiança. No filme curtíssimo graças a Deus, cheio de papo furado, irá se descobrir em pouco tempo (veja a metragem dele!) qual foi a causa do desemprego. O mais triste de tudo é ver a francesa Huppert, num papel bobo e tolo, falado quase todo em inglês e seu hobby é tirar fotografias que depois servem para elucubrações ainda mais idiotas... Um desperdício de tudo que não vale nem pela chance de admirar La Huppert muito conversada e bem disposta. O espectador é que sairá irritado.