Crítica sobre o filme "Acertando o Passo":

Rubens Ewald Filho
Acertando o Passo Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/05/2018

Tenho um fraco pelas comédias britânicas, e uma admiração pelo diretor Loncraine (que fez uma bela adaptação de Richard III de Shakespeare com Ian McKellen) e que aqui procura reunir novamente uma célebre dupla de uma série humorística de TV (que no fundo é um gosto adquirido). Estou me referindo a Joanna Lumley e Celia Imrie, que ficaram famosas com a série Absolutely Fabulous (92) e depois o filme (2016). Embora não se possa menosprezar outros dois atores brilhantes, da safra Harry Potter, Imelda Staunton (como Dolores Umbridge, também foi indicada ao Oscar por Vera Drake) e Timothy Spall (melhor ator em Cannes por Mr. Turner, fez Segredos e Mentiras e foi Wormtail em H. Potter). Outra coisa que eu admiro no cinema inglês é o fato deles não terem medo de fazer rir até com coisas e momentos trágicos de personagens adultos (como uma esposa que morre, outro que tem Alzheimer).

A história é sobre a esnobe Lady Sandra, que vive numa mansão do interior, que prepara festa para a aposentadoria do seu marido há 35 anos. Até quando ela descobre que seu amado está de romance na garagem com a melhor amiga dela (Josie Lawrence). Um romance que já dura 5 anos. Sandra vai atrás da irmã mais velha, Bif (Celia) um espírito livre que usa moto, faz o que quer e mora num apartamento em Londres. Ou seja, é em tudo o oposto de sua irmã racista e antipática. Ainda assim vai parar numa comunidade de dança onde entra na história Joanna Lumley, com quem inesperadamente fará dupla. Em ritmos exóticos e um viagem a Roma.

Não sei se acharam alguma graça no resumo porque como disse, é gosto adquirido. Mas cá entre nós, o humor britânico pode ser esquisito, mas é fino, inteligente e mais humano que o similar brega Americano. Experimentem.