Crítica sobre o filme "Gringo: Vivo ou Morto":

Rubens Ewald Filho
Gringo: Vivo ou Morto Por Rubens Ewald Filho
| Data: 04/05/2018

A Família Edgerton, que veio da Austrália, faz boa carreira americana. O galã e ocasional diretor Joel, foi ator em O Grande Gatsby, Operação Red Sparrow, Ao Cair da Noite, mas também fez dois longas como realizador (O Presente, o ainda inédito Boy Erased).Como é bom irmão de família, para este filme chamou o irmão Nash como diretor e co roteirista, embora ele seja mais conhecido com dublê de stunts, e fez um único longa antes, O Quadrado (08). Além de ter 48 créditos como ator e ser aqui também o produtor (aliás Charlize Theron também assina como produtora enquanto faz um papel de loira brega e perigosa, capaz de tudo!).

Rodado em Lisle, Naperville, Chicago, todos em Illinois, Santa Clarita, Califórnia, Vera Cruz e Cidade do México, no México. Não foi bem de bilheteria ao não ultrapassar os cinco milhões de dólares. Na verdade, eu devia ter sido mais esperto e perceber que o filme não era um novo Em Ritmo de Fuga (Baby Driver), ou seja, uma diversão criativa, corajosa, engraçada e boa de assistir. Infelizmente este aqui apesar de Charlize e num papel muito pequeno a Amanda Seyfrid, que por algum motivo teve sua carreira truncada, é uma aventura policial de rotina, com pretensões ocasionais ao fazer comédia e zombar dos mexicanos (há uma piada recorrente boa sobre os Beatles). Tudo muito previsível (por exemplo, o herói sofre duas trombadas de carros muito parecidas), aliás a grande decepção para mim foi com o ator inglês David Oyelowo, que é super famoso e respeitado mas aqui cai numa caricatura discutível. Na verdade, ele é o herói da história, mas totalmente incompetente e burro incapaz de perceber os truques e traições do amigo chefe da empresa onde trabalha e principalmente de sua mulher infiel.

Cheguei a ler algumas criticas americanas positivas, mas estão equivocados, é um filme B que não tem “pernas” como se dizia antigamente. O que é uma pena.