Crítica sobre o filme "Vingadores: Guerra Infinita":

Rubens Ewald Filho
Vingadores: Guerra Infinita Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/05/2018

Não sou grande conhecedor dos super heróis, mas consegui assistir com bastante entusiasmo os 19 filmes da Marvel e até mesmo ter certos prazeres curiosos, tais como esperar as vinhetas ao final de cada filme revelando algumas surpresas (este aqui tem apenas uma situação dessas bem ao final, mas ainda assim na sala lotada apenas um grupo muito pequeno saiu sem esperar a passagem dos letreiros). Francamente não concordo com os fãs que agem diante desses filmes como se fosse a Bíblia sagrada! Na verdade, é pura diversão, sem filosofadas, neste caso aqui demonstrando a capacidade notável do estúdio (na figura do produtor que se tornou uma figura famosa e respeitada, Kevin Feige, que todos reconhecem como o criador e controlador dos projetos. No caso, as aparições de Stan Lee, o autor original é apenas uma brincadeira simpática com a lendária figura e que faz o publico delirar e sempre reconhecer). Curioso também que foi lançado justamente cinco dias antes do primeiro dessa série Iron Man (2008) cumprir seu décimo aniversario. Falar na mega bilheteria que tem tido, já superando os 800 milhões de dólares, é só confirmar que foi absorvido e apreciado pelos espectadores e fãs.

Sendo bem claro, este aqui é sem dúvida o filme mais difícil da série, o primeiro a ter duas horas e meia de projeção, o primeiro a ter sido inteiramente filmado pelo processo Imax, e a reunir praticamente todos os astros dos quadrinhos e que quase sempre tiveram seus próprios filmes. Só isso já é um feito extraordinário e capaz de monopolizar a atenção dos espectadores, estava viajando e só vi o filme recentemente embora tenha ido espiar no Cinemark de Natal, Rio Grande do Norte, tão aparelhado quanto os nossos daqui. E o que observei foi um público entusiasta, armado de coca-cola e pipoca, entendendo perfeitamente a ousadia do final, mas também com a certeza de que a história vai continuar e quase todos devem persistir. Enfim, aceitaram com humor mesmo a conclusão ousada e que foge dos clichês mais habituais do gênero. E mesmo assim, abraçaram o filme (que é rápido, repleto de ação e que me fará assisti-lo novamente já que de certa maneira é muita informação para uma única vez). Porém não gosto de filosofar antes de ter certeza do que eu assisti!

O fato é que o mega sucesso um fato notável justamente pela conclusão fora do comum mas sempre baseada nos quadrinhos oficiais e clássicos (ou seja, o que sucede na tela é inspirado bem fielmente pelos diretores no caso). Conheço pouco a dupla de irmãos, Anthony (1970) e Joe Russo ( 1971 ) que vieram da televisão e várias séries (Community, BFFS, Happy Endings), mas além de dirigir são produtores. Seus longas são a comédia Pieces, 97, Tudo por um Segredo (2002, Wellcome to Collinwood, filme ruim com George Clooney e Sam Rockwell), Dois é Bom Três é Demais (2006, You, me and Dupree, com Kate Hudson, Owen Wilson), e dali em diante surpreendentemente mudaram de gênero e acertaram nos filmes Capitão America 2 O Soldado Invernal (14), Capitão America a Guerra Civil, 16 e além deste atual, já estão certo para uma aventura de 2019. Que prevê a presença de quase todos os heróis clássicos, no caso identificamos pelo elenco, Chris Evans, Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Sebastian Stan, Chadwick Boseman, Mark Ruffalo, Jeremy Renner, Gwyneth Paltrow, Paul Rudd e ainda Josh Brolin (o Brolin, aliás para mim o melhor intérprete, não o aprecio especialmente, mas é com certeza a grande estrela deste filme).

Sem mais firulas, ainda mais agora quando tantos já viram o resultado, só posso admitir que admirei o filme, o resultado, a execução, o equilibrado elenco e principalmente a riqueza de humor. O tempo todo ele é pontilhado por brincadeiras e sacadas que ajudam muito a mergulhar numa aventura complexa e até difícil, já que o espectador comum poderia reagir negativamente. Mas sempre acho os espectadores mais inteligentes e espertos que os críticos.