Crítica sobre o filme "Tudo Que Quero":

Rubens Ewald Filho
Tudo Que Quero Por Rubens Ewald Filho
| Data: 02/05/2018

Embora tenha tido seus defensores por aqui, foi muito mal de bilheteria esta produção da Magnolia, uma modesta mas ansiosa produtora que contou aqui com a direção de Ben Lewin, que é um veterano realizador polonês (nascido em 1946) que foi radicado na Austrália e que fez filmes como O Favor, o Relógio e o Peixe Muito Grande, Georgia com Judy Davis, Um Golpe de Sorte com Anthony laPaglia, As Sessões com Helen Hunt e o mais recente que também é muito erótico e original. O resto não merece maior importância.

Aqui temos um outro filme que é descrito como comédia dramática sobre uma jovem (a Dakota Fanning, que se defende bem embota eu goste mais da irmã mais nova, Ellen Fanning) que sofre da síndrome de Asperger, além de autista. Ela foge da mulher que cuidava dela para poder submeter um manuscrito numa competição de roteiros para a série Star Trek (muita gente reclamou que ela nunca conseguiria entrar nos estúdios da Paramount). Por outro lado a sequências em que Kirk e Spock caminham no deserto são as mesmas usadas pelos personagens no episódio The Tholian Web de 1968. E funciona bem outra sequência semelhante chega a ser tocante! As montanhas que aparecem nas cenas de sonho de Wendy são as chamadas Vasquez Rock que ficam em Agua Dulce na California. E onde várias cenas de Star Trek foram rodadas. Atualmente a Paramount tem os direitos dos filmes, mas é a CBS tem os direitos de série para a televisão. Um detalhe importante: a trilha musical do filme é composta pelo brasileiro Heitor Pereira, há muito baseado nos EUA.

O fato é que aos poucos o filme foi me conquistando e fui mergulhando no universo complexo da heroína, Wendy, que vive numa espécie de asilo para doentes e se comporta bastante bem. Segue as regras, imposta pela professora (interpretada pela excelente australiana Collette, sempre poderosa!). Mas seu sonho é concorrer a um concurso de roteiros para a TV com Star Trek, seu ídolo. Quando a irmã rejeita levá-la para casa para conhecer o filho dela bebê, Wendy se revolta e foge de casa, tentando chegar a Los Angeles, mas a viagem é cheia de incidentes (além da presença de um adorável cãozinho). Alias a frase titulo em inglês é a frase que a professora usa para acalmá-la.

A trip vai incluir uma fuga de micro ônibus que sofre acidente de carro e irá levá-la para um hospital e irá complicar mais coisas. Enfim é um filme positivo, que termina de maneira agradável e certamente funciona para seu público alvo, mulheres e senhoras.