Crítica sobre o filme "Boneco de Neve":

Rubens Ewald Filho
Boneco de Neve Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/11/2017

Os críticos americanos já escolheram este aqui como o pior filme do ano apesar da presença aguada de Michael Fassbender em seu pior dia, e o fato de que a história de serial killer é baseada num livro de 2007 de um escritor policial muito famoso na Noruega, Jo Nesbo (do qual a gente conhece aqui e ainda assim pouco Headhunters). Quem iria dirigir o projeto era Martin Scorsese, que deixou seu nome mas fugiu (a experiência tem que servir para algo!) sendo que o filme acabou sendo realizado por um diretor local, da Suécia, Thomas Alfredson (que se deu bem com Deixa Ela Entrar/ Let the Right One In, 08 e também O Espião Que Sabia Demais/ Tinker Tailor Soldier Spy,11. Mas até este que não é bobo nem nada se queixou abertamente que não deixaram ele realizar o trabalho que desejava, teve que cortar cenas e fazer tudo apressadamente. Se tivesse condições teria feito um filme melhor, afirma. Custou 35 milhões de dólares e mal rendeu 7 milhões de dólares nos EUA. A única coisa que eu apreciei num elenco grande e famoso é a presença da bela sueca Rebecca Ferguson (A Garota no Trem) assim mesmo desperdiçada. Ela faz o interesse romântico do detetive Fassbender que investiga a ação de um serial killer que fabrica um boneco de neve cada vez que aparece!

Nas condições atuais, o resultado é uma bomba tediosa como raramente temos a chance de encontrar. Tive a curiosidade de procurar algumas críticas estrangeiras que são muito divertidas. O Hollywood Reporter chamou o filme de frio e sem vida, que apesar do elenco, é amadorístico, sem humor, com uma equipe sem química, dialogo mal escrito e resolução incompetente. Com certeza deste projeto não vai sair uma continuação, concluem.

O New York Post achou a adaptação capenga como se pisasse no gelo, uma confusão de desesperar. O Newsday disse que o filme é gelado como o inverno nórdico e quase tão longo. O Toronto Star lamenta o desperdício do elenco abundante e desajeitado (fala coisa pior, mas achei melhor reduzir!). O Los Angeles Times chamou o projeto do mais inepto feito por um grande estúdio este ano. Ou seja, não perca seu tempo.