Crítica sobre o filme "Exodus - De Onde Eu Vim Não Existe Mais":

Rubens Ewald Filho
Exodus - De Onde Eu Vim Não Existe Mais Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/09/2017

É um bom trabalho este novo filme de Levine, muito bem realizado e sempre oportuno. Pinta um retrato de dois anos das trágicas histórias de refugiados de diferentes partes do mundo que tiveram de deixar suas casas por diferentes motivos. São pessoas pobres e comuns, quase sempre mulheres sem destino, lamentando a família e os lares que perderam. Gente que se chama Napuli, Tarcha, Bruno, Dana, Nizar e Lahtow. O autor passa pela Alemanha, Sudão do Sul, Argélia, Congo, Mianmar, Cuba, Brasil e Alemanha.

"A pesquisa para o documentário Exodus”, conta Levine, “foi iniciada em 2008, quando fiz uma viagem ao continente africano, visitando o Senegal para fazer um registro sobre os senegaleses e outros africanos que estavam embarcando em barcos clandestinos. Com ajuda dos companheiros da produtora O2 e foi daí que nasceu o um documentário que abraça a dimensão global desse assunto”.

Sou especial apreciador deste filme porque fizemos pelo produtor Germano Pereira e eu, um documentário sobre o árabes que tiveram que fugir da destruição e perseguição do ISIS e outros lugares do mundo Árabe. Chamou-se Somos Todos Estrangeiros e tem pontos em comuns com esta obra. Passou ano passado na Mostra Internacional de São Paulo.

Levine nasceu na Alemanha e se mudou para o Brasil em 2000, onde trabalha como produtor e diretor. Coproduziu o filme Cidade de Deus (2002) e produziu Rosa Morena (2010), vencedor do prêmio de Melhor Longa de Ficção - Itamaraty da 34ª Mostra, e Praia do Futuro (2014). Também é produtor e codiretor do documentário Ginga (2006, 29ª Mostra).