Crítica sobre o filme "Jantar, O":

Rubens Ewald Filho
Jantar, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/09/2017

Não confundir o nome com outros homônimos, inclusive um italiano excelente de Ettore Scola. Embora tenha sido exibido no mais recente Festival de Tribecca tem um roteiro ruim, com Richard Gere num papel secundário que ajuda a confundir e aborrecer numa história mal ajambrada e definitivamente descartável. Em Nova York, num restaurante de classe, um ex-professor de História e sua mulher Claire (a charmosa Rebecca Hall, filha do diretor Peter Hall e descoberta por Woody Allen, em Vicky Christina Barcelona). O plano é discutir durante o jantar como ele vão administrar um caso grave, cometido por seus filhos adolescentes. Esse fato foi gravado por uma câmera de segurança e mostrado na TV, mas eles ainda não foram identificados. O que poderia ser um drama inteligente, feito por italianos que adoram esse assunto, resulta numa decepção. Tudo dirigido pelo judeu de Israel, Iran Moverman (O Mensageiro, 09, Um Tira Acima da Lei, 11, ambos esses estrelados por Woody Harrelson e Ben Foster, e também o depressivo O Encontro, Time Out of Mind, com Richard Gere). Todos melhores que este atual.

Curiosamente o autor do livro também odiou o resultado que teria transformado uma história cínica numa moralista, facilmente o pior de tudo que foi adaptado de obras suas. Também reclamou do filme usar o estigma da doença mental e a violência a moda americana. Curiosamente este mesmo filme já havia sido tido duas adaptações anteriores, uma delas holandesa de 2013, outra na Itália em 14, de Ivano de Matteo com Alessandro Gassman Giovanna Mezzogiorno, Luigi LoCasco (por acaso eu vi essa versão que era muito mais complexa e motivada).

Mesmo com a presença de uma de minhas favoritas, a bela e sempre premiada Laura Linney, esta decepção é melhor ser ignorada.