Crítica sobre o filme "Transformers: O Último Cavaleiro":

Rubens Ewald Filho
Transformers: O Último Cavaleiro Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/07/2017

Esta é a quinta aventura dos Transformers e como sempre dirigida pelo mesmo Michael Bay - que está ameaçando largar a série. Deus lhe ouça! Com orçamento de luxo (217 milhões de dólares embora outros afirmem 260!) e com maior bilheteria no exterior do que nos EUA. Mark Wahlberg que faz o inventor Cade Yeager já afirmou que será sua última participação na série mas em seu lugar foram chamar uma figura de prestigio e dignidade, ainda que venha fazendo qualquer filme, no caso Sir Anthony Hopkins como Edmund Burton que procura um importante talismã que está com Cade. Mark está desta vez com cabelos mais longos e sobrancelhas desenhadas! Embora minha participação favorita seja logo no final do prólogo quando quem aparece é o lendário mágico Merlin, se assumindo vigarista mas pedindo ajuda de outros mais poderosos que ele. O curioso é que é interpretado por Stanley Tucci que por alguma razão faz o personagem todo caricato à beira do ridículo. Portanto, a novidade é que alguns Transformers são expulsos da Terra (mas outros virão!), esta versão é um pouco mais curta que a anterior (mais sairá outra extended version em Blu Ray com 189 minutos) embora sua proposta seja sempre a mesma: vender a franchise dos brinquedos Hasbro.

Não sei o que vocês acham mas tenho dificuldade de continuar lembrando dos capítulos anteriores, separando os emigrantes de boa intenção, os Autobots com os vilões Decepticons. Ainda achava certa graça em ver os efeitos especiais quando eles se transformam em carros e vice-versa. Quase no meio do filme surge a Viviane (Laura Haddock), a bela mulher de Sam Clafin e que já esteve na aventura anterior e em O Primeiro vingador Capitão América. Faz uma professora britânica, especialista com a Távola Redonda e que vai ter que entrar em cena contra os invasores. Também na aventura está de volta Lennox (Josh Duhamel, o militar agora grisalho de outros filmes), Jimmy (Jerrod Carmichael, parceiro de Cade como alivio cômico) e a pré-adolescente metida e atrevida Izabella (Isabella Moner). E sem esquecer de Cogman, o mordomo de Edmund, que seria uma variante de C-3PO de mau humor. Na verdade, ele praticamente rouba o filme!

Transformers continua como sempre tendo críticas quase sempre negativas (muitos reclamaram dos Transformers lutando contra Nazistas e da batalha em Stonehenge dando mau exemplo às pedras lendárias). Tudo isso não impede um certo bom humor, quase comédia mesmo, que vem demonstrar que não é para se levar a sério. Mas quem for ver o filme sabe o que esperar e por vezes achei algumas cenas espetaculares, bastante criativas (e exageradas). E Hopkins está na sua melhor forma, com o sorriso cínico de sempre, interpretando variantes dele mesmo, em locações elegantes e fotogênicas. Coisas até agora raras para os Transformers!