Crítica sobre o filme "Na Mira do Atirador":

Rubens Ewald Filho
Na Mira do Atirador Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/06/2017

É curioso como nos últimos dias tivemos dois thrillers de guerra na região do Iraque e Afeganistão, em cartaz/estreando no Nerflix e agora surge também esta nova aventura de ação que é credenciada pela presença do diretor Doug Liman, que tem uma carreira irregular. Já esta para estrear seu novo trabalho Feito para a America com o amigo dele Tom Cruise (eles acertaram juntos em No Limite do Amanhã. Mas sua carreira é feita de altos e baixos como Sr e Sra Smith com Angelina e Brad, o primeiro Identidade Bourne, Swingers e o Cult Vamos Nessa).

Com um elenco pequeno, ele reuniu Aaeron Taylor Johnson (que ganhou um Globo de Ouro por Animais Noturnos, mas que eu particularmente desprezo) e o coadjuvante de filmes de ação John Cena. No original se chama O Muro porque é basicamente sobre dois soldados americanos que estão estacionados no Iraque estão sendo perseguidos por um assassino franco atirador que os obriga a ficar escondido atrás de um muro. Ninguém parece ouvi-los e vir ajudá-los. O arrojo do filme é justamente ter um espaço fechado, com apenas dois atores, no que poderia se tornar aborrecido e banal. Por isso mesmo não tem mais que 80 minutos. Não tem conversa mole é ação de pura adrenalina, sempre lutando para manter o suspense.

Basicamente é um exercício de estilo, feito por uma produtora concorrente da Netflix (a Amazon), com orçamento limitado e que até agora teve também pouca bilheteria (não ultrapassando dois milhões de dólares). Um detalhe: depois de pronto, modificaram o final, optando por uma conclusão mais épica. Mas também mais clichê.