Espero que os maus tempos do cinema brasileiro mudem logo porque é muito triste observar a ausência dos espectadores mesmo quando há pretensões de mera diversão, como é o caso desta comedia romântica da veterana Total Filme (que foi pioneira no gênero por aqui). Eu fui o único espectador no que parece ter sido a última apresentação de um filme profissional, realizado por uma veterana já assistente de direção e que tinha pretensões de brincar com modismos de Internet (a heroína lembra um desses ídolos) e criadores de moda (há aparições fugazes de varias modelos, figuras do ramo e há mesmo brincadeiras com o oposto, rapazes que tem programa na internet com games e videogames não sofisticados mas certamente populares).
O que pode ter dado errado? É meio ridículo procurar isso depois que o cavalo está morto, mas enfim o elenco não é tão famoso assim. Acho Isis Valverde encantadora apesar do esforço de fazer caretas e querer parecer agitada e ao mesmo tempo sincera. Mas não conheço o galã que vem a ser um certo Gil Coelho (descendente de Malhação, me passou desapercebido em outros filmes, a vida do Paulo Coelho, S.O.S. Mulheres ao Mar 2 - que me escapou, e novelas como a Lei do Amor, credo esta nem ouvi falar). O rapaz lembra Ringo Starr, faz tudo direitinho só não tem carisma ou popularidade suficiente para fazer um casal romântico. Também o elenco de apoio é muito fraco ou mal aproveitado quando em sabido talento (como Alexandra Richter), em geral é jovem demais para atingir outro público.
Acho porém que é simplesmente um caso de um roteiro muito fraco, sem graça, repetitivo, que não se desenvolve e obriga a dupla a fazer sempre o mesmo. Mas entendam que não é ruim, só foi rejeitado por ser fraco, tolinho e desculpe Gil, você não é par para a Isis.