Um filme de arte e polêmico, realizado por diretores gêmeos, produzido na Faixa de Gaza (ao menos a história se passa por lá) que no fundo é teatro filmado já que a câmera não se afasta nunca de dentro de um salão de beleza de Christine onde se reúne um grupo de 13 mulheres de idades diferentes que estão tentando cuidar da aparência, enquanto na rua em frente, está o guerrilheiro companheiro de uma delas que ainda por cima se exibe com a figura de um leão que acabou de ser roubado do zoológico da faixa de Gaza! O Hamas decide exigir represálias imediata. As mulheres presas no salão, discutem muito e são visivelmente infelizes porém é evidente que pouco podem fazer já que estão presas num recinto pequeno, onde falta água quente, luz, estouram bombas (o sujeito da leoa é um dos diretores do filme). O título tem esse sentido sim, a cor do cabelo sendo modificada em tons que vão variando. Mas é possível também que se refira àquelas mulheres degradadas pela sociedade em que vivem.
É um quente dia de verão, onde se misturam mulheres de todos os tipos (a mais famosa do elenco é Hiam Abass, que é considerada a melhor e mais forte atriz palestina trabalhando também em diversos outros filmes. Como Êxodus, LemonTree, o novo Blade Runner, A Fonte das Mulheres). Enfim, é tudo muito escuro, quase uma briga continua que tenta ilustrar o tipo de inferno que elas vivem entre ordens e castigos, proibições e perigos. Não é um filme fácil ou digestivo, mas acredito que mulheres principalmente irão se identificar com este caso tão exemplar. Vi criticas também que definem o filme como comédia. Francamente...