Não houve crítico Americano que não começasse a crítica deste filme fazendo uma óbvia referência a um outro que tem uma trama semelhante e virou clássico da comédia e até show da Broadway, o Feitiço do Tempo (Groundhog Day, 83), com Bill Murray, sobre um repórter que ficava preso no tempo e aos poucos aproveitava cada dia que se repetia para conquistar a mulher que desejava. Sem dúvida é parecido com este drama endereçado a adolescentes (duvido que rapazes embarquem nesta) que foi sucesso como livro e tem como maior atração a presença da bela jovem Zoey que tem já longa carreira em filmes como Tinha que ser Ele, 16 Luas, Tirando o Atraso, Jovens, Loucos e Mais Rebeldes (há outra presença simpática na história que é a Jennifer Beals, de Flashdance como a mãe dela).

O filme tem um lado intelectual fazendo referências a figura mitológica de Sisifo que a cada vez tem que empurrar uma pedra ao alto de uma montanha, para ir repetindo o fato a cada dia. Seria mais ou menos isso que sucede com a heroína que é uma moça sensata, de família rica, que sai com um grupo de colegas igualmente atraentes, mas que quando voltam de uma festinha balada, sofre um acidente de carro. E aos poucos, a cada dia que recomeça vão descobrindo que morreram e no máximo podem tirar lições de vida aproveitando o tempo que lhes resta (o que é meio esquisito como trama) fazendo as pazes com os pais e a irmã pequena, se ajeitando com o colega de classe que é apaixonado por ela, ajudando uma outra teen desajustada.

Tenho certeza que as adolescentes iriam chorar muito mais, se emocionariam com uma trama tão evidentemente feita para elas, se o diretor tivesse mais talento e soubesse contar a história melhor, com mais emoção e envolvimento. Custou 5 milhões de dólares e não rendeu mais do que 12. Repito, deviam ter arranjado diretor melhor. Neste caso foi uma mulher, que já tinha experiência em outros trabalhos, como Caminho para o Coração (12, Nobody Walks) que foi o único visto por aqui e outros menores (You Wont Miss Me, 09, Orphans, 07).