Há certas histórias que o público não quer consumir. Certas verdades que nunca são reveladas para a humanidade e apesar de serem aceitas como legítimas, sofrem algum tipo de maldição, que só confirma o evidente. O público vai ao cinema para se divertir e não aprecia tomar posições. Não importa que o projeto tenha equipe de qualidade como astros como Christian Bale, o Batman Cavaleiro dos Trevas, o herói de O Despertar da Força, Oscar Isaac, e o notável Jean Reno. O diretor Terry George é britânico da Irlanda da Norte e fez filmes importantes como Em Nome do Pai, com Daniel Day Lewis, 93, O Hotel Rwanda, 04, Mães em Luta com Helen Mirren, Traídos pelo Destino, 07 com Mark Ruffalo. Mesmo vindo de um fracasso terrível (O Negociador,mal escalado pela presença de Brendan Fraser). Ganhou o Oscar por um curta metragem The Shore (12).
Este A Promessa visto há pouco nos EUA foi um fracasso por lá o que nos leva a temer pela fama que o assunto tem de ser azarado e nunca conseguem fazer um trabalho excepcional para uma história tal real e trágica, mas que ao mesmo tempo os Turcos recusam a aceitar, que é o massacre do povo Armênio nas mãos do Império Otomano (leia-se os Turcos). Eu acompanhava essa história porque me contava o horror meu amigo Leon Cakoff, que perdeu grande parte da família tentando fugir dos atos criminosos. E que até hoje continua a ser tabu, não admitem o infelizmente real. Este filme é um esforçado projeto rodado basicamente em Portugal (Sintra, Lisboa, e ainda Malta, Toledo, Seruel, Sevilha, Ilhas Canárias, na Espanha) que tenta apresentar parte da história, a partir de um triângulo amoroso. Um triângulo amoroso em 1914 entre Michael, um brilhante estudante de Medicina, a bela Ana e Chris, um famoso jornalista americano radicado em Paris. Teve orçamento de 90 milhões de dólares rendeu agora apenas 8 milhões ( e nada ainda do exterior). Obviamente foi financiado com a ajuda de milionários armênios para ser como dizem os cínicos, o Doutor Jivago do Povo Armênio. Não faltam também cenas de ação e tragédia já que o tema é grande demais para ser desrespeitado com brincadeiras. Ainda por que tudo é sincero e ainda oportuno.