Crítica sobre o filme "Cidadão Ilustre, O":

Rubens Ewald Filho
Cidadão Ilustre, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 11/05/2017

Este foi o filme argentino que Representou a Argentina nos Oscar de filme estrangeiro 17, não ganhou mas teve prêmios importantes como a Copa Volpi de melhor ator e jurados jovens em Veneza, melhor filme em Haifa, roteiro e críticos em Havana. Melhor filme ibero Americano (Goya). Premio Sur Argentino: ator e coadjuvante (Dady Brieva), melhor roteiro. Prêmio Forquê melhor filme Iberoamericano. Foi bem de bilheteria na Argentina também onde rendeu o triplo de seu orçamento. Não tem, porém o humor endiabrado de outros filmes argentinos, na verdade anuncia-se como comédia, mas seu tom é amargo, no máximo provoca um sorrido irônico e afetado, como se houvesse um prazer enorme em humilhar um escritor e intelectual famoso. Na verdade, o cinema americano e europeu já contou esta história inúmeras vezes e com melhor resultado.

Quase não reconhecia o ator protagonista Oscar Martinez, que esteve também em sucessos aqui como o Relatos Selvagens (episódio o Negocio), Ninho Vazio, e fez muitas séries de TV locais. Aqui pedem que faça da maneira menos envolvente possível um famoso e premiado escritor argentino, Daniel Montovani que há três décadas vive numa espécie de exílio na Espanha, e consagrado por ter ganho o prêmio Nobel de Literatura. Sempre escrevendo histórias sobre sua cidade natal chamada Salas, por isso difícil de entender que ele retorne para lá, onde é lógico que irá despertar mais raivas e ciúmes, confusões do que momentos alegres com antigos amigos. E a gente não sabe se é para achar graça em observar as humilhações porque passa, ou simplesmente acha patético fazer um artista famoso passar por momentos patéticos. Foi feito por uma dupla Duprat (O Homem ao Lado, Querida Eu Vou Comprar Cigarros e Já Volto) e Mariano Cohn, que também codirigiu os filmes citados e ainda outros. Foi escrito por Andres Duprat, que igualmente sempre esteve com os parceiros.