Foi um surpreendente sucesso assistir o primeiro longa dos Smurfs em 2011, como Os Smurfs, porque tiveram a boa ideia de misturar atores com o povo azul conhecido de séries de TV. Só que ficaram tão animados com o êxito (o filme tinha um bom momento de Neil Patrick Harris, Sofia Vergara, Katy Perry) que insistiram em fazer outro logo a seguir. E voltaram com os Smurfs 2, 13 ,do mesmo Raja Gosnell, de Scooby Doo, e praticamente o mesmo elenco. Com a história de que eles tentam salvar a Smurfette. Foi um choque conseguirem errar tão bruscamente. Mas isso explica então porque houve este apêndice demorado e não querem ousar novamente usar atores, se fixando na animação. Um detalhe: a música era do brasileiro Heitor Pereira (que não está neste terceiro longa de que vamos falar).
Outro detalhe importante: poucos sabem que os Smurfs na verdade são criações de um europeu, um belga chamado Peyo (1928-1992), ou Pierre Culiford, que chegou mesmo a dirigir um filme de animação em 1978 usando o nome original deles, que é o impronunciável Schtroumpfs. O nome atual é coisa dos americanos que o tornaram mais universal.
O novo filme é recomendado para crianças e não necessariamente adultos como ambicionou os anteriores. Com uma trilha musical de canções inofensivas, traz um tema já um pouco feminista meio como Moana, e passado inteiramente na vila fantástica deles. A única mulher da espécie, Smurfette (Demi), descobre um mapa misterioso e que pode leva-los pela floresta misteriosa. O super inimigo deles, o feiticeiro Gargamel, está perseguindo-os enquanto encontram insetos, plantas, coelhos. Até quando surge uma tribo de garotas liderados pela Smurfwillow (esse é o papel de Julia Roberts) tudo para celebrar o “girl Power”. Recomendado para crianças e não adultos como o desastre anterior.