Este é provavelmente o mais fraco dos inúmeros filmes que a dupla de Irmãos Dardenne fez depois de ganhar Palmas de Ouro de Cannes (aqui absurdamente levou um Prêmio Especial do Júri!). Mas ganhou antes também com O Garoto da Bicicleta, 11, Prêmio Especial do Júri também com O Silencio de Lorna, 08, melhor roteiro, A Criança, 05, Palma de Ouro por O Filho, 02. Além de ser o menos expressivo filme da dupla ainda é prejudicada pela atriz central, francesa, que parece um fantasma, minha mãe chamaria de “mosca morta”, Adéle Haenel (que fez Amor a Primeira Briga, Lírios D’Água, Os Homens que Elas Amavam Demais).
Com excepcional apatia, eles descrevem um caso, ou vários, que se entrelaçam envolvendo uma jovem médica bem intencionada que no seu dia a dia passa por vários problemas como um assistente hipersensível, diversos casos de rotina, mas o que a mais a abala é o fato de não ter atendido a uma chamada na porta do lugar, que já estava fechada por causa do horário, o que teria levado a mulher, uma negra a ser assassinada! Fica muito abalada com isso, o que é difícil de se acreditar. Acho que da próxima vez os irmãos deveriam vir ao Brasil e em qualquer vila ou lugar do país, mas possivelmente em São Paulo, e acompanhar um dia ou mesmo algumas horas de um atendimento social de doenças que eles viriam o que é realmente algo trágico,dramático e absurdo. E nunca mais fariam algo tão superficial e frágil.