Crítica sobre o filme "Insubstituível":

Rubens Ewald Filho
Insubstituível Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/03/2017

Não tem sido uma temporada boa para o cinema europeu e o francês em particular. Este aqui ao menos conta uma história bem local, bem francesa e por isso conservou seu charme e clima meio caseiro, previsível, sem grandes lances. Mas bastante simpático. Dizem que o diretor Thomas Lilti dirigiu três curtas mas continuou a praticar a medicina em paralelo. Nos últimos anos, fez o primeiro longa-metragem, Blindfolded (Les yeux bandés), estrelado por Guillaume Depardieu, 2008, e Hippocrates, filme de encerramento na Semana da Crítica de Cannes em 2014. Este aqui deu indicação de ator no César francês ao bom ator Cluzet (continua a ser muito parecido com o Dustin Hoffman, embora hoje já seja famoso no Brasil porque estrelou o sucesso Intocáveis!).

Sem grandes lances, conta a história do doutor Jean-Pierre, que trata os clientes do interior com a maior atenção e cuidado, ainda que não seja especialmente simpático, optando por ser uma figura paterna responsável com seu rebanho de camponeses, a quem esta sempre disponível a atender a qualquer horário da noite. Tudo caminha na rotina até quando ele descobre que tem uma doença incurável e pouco tempo de vida. Tem que procurar então um assistente e treiná-lo para que os pacientes não fiquem abandonados. Mas quem vem ajudá-lo é uma médica de pouca experiência rural, mas que se revela atenciosa e prestativa. Papel de Marianne, já uma mulher madura que já esteve em Hipócrates.

O filme é basicamente isso. Não tem surpresas. Uma comédia de costumes humana e como só cinema europeu, em particular o francês ainda sabe fazer.