Crítica sobre o filme "Cura, A":

Rubens Ewald Filho
Cura, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/03/2017

De vez em quando surgem estes disparates gerados em geral por diretores angustiados com sua carreira, querendo optar por projetos mais pessoais e ousados e fazendo valer que tem realmente talento e esquecendo o último fracasso (no caso o impressionantemente desastroso Zorro, o Cavaleiro Solitário, 13, que custou 215 milhões e rendeu 89!). Embora o diretor Verbinski tivesse já feito sucessos como a animação Rango, 3 Piratas do Caribe, a besteira O Sol de Cada Manhã com Nicolas Cage e o terror A Chamada. Agora porque foi realizar este novo fracasso que já saiu do circuito principal aqui no Brasil é um mistério. Talvez porque o lembrasse de Fellini ou então de Paolo Sorrentino. Embora situe a história não na Suíça como menciona mas num velho hospital alemão onde até Hitler teria sido tratado como soldado de guerra.

Preferindo escolher um elenco quase desconhecido e inferior, ele tenta contar a história de jovem executivo que é mandado para trazer de volta o chefão (CEO) de sua companhia que vive nesse refúgio de saúde num lugar remoto dos Alpes Suíços. Chegando lá logicamente descobre que há mistérios não revelados e quando tenta descobrir do que se tratam parece estar ficando louco como os outros clientes que parecem fascinados para conseguir a falada cura!

Embora o visual e a direção de arte tenham suas qualidades, é tudo destruído por uma resolução fraca e boba, que cai em clichês de outros filmes europeus do gênero. Gore está agora fazendo outro filme apenas como produtor, Dog Years, de Adam Rifkin. Não parece nada promissor!