Havia uma certa expectativa em torno deste drama britânico que traz de volta o diretor Jackson (que não fazia nada desde o telefilme Temple Grandin, 10) e que aborda um fato real e um assunto muito polêmico: a persistência de certa parte dos intelectuais que insistem em negar a existência do Holocausto do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, pelas mãos dos Nazistas. O que poderia ser um assunto explosivo acabou resultando num filme moderado, com um roteiro mal desenvolvido e que no máximo teve uma indicação ao BAFTA, o Oscar britânico. Não há nem mesmo grandes interpretações apesar da presença de Rachel Weisz (de família judia) que está com uma aparência mais fotogênica, cabelos mais curtos e claros, e certa desenvoltura. Ao contrário do consagrado ator britânico Timothy Spall, que faz seu oponente, apático e perdido. Falta sangue, coração, desenvoltura e mesmo indignação. Provável culpa do dramaturgo David Hare (que erra muito e já fez muitos textos rarefeitos) que adaptou o livro History on Trial: My Day on Court with a Holocaust Denier de Deborah Lipstadt.
No caso seu opositor é um certo David Irving que a acusa quando ela o acusa de negar o holocausto. Pelo sistema inglês, seria um caso de difamação e o acusado que tem que provar a negação do fato. Ou seja, que o caso realmente ocorreu! Não escapa da mediocridade o atual vilão favorito da teve britânica, que é Andrew Scott, que faz Moriarty na série Sherlock e que some em meio a mediocridade.