Crítica sobre o filme "John Wick: Um Novo Dia para Matar":

Rubens Ewald Filho
John Wick: Um Novo Dia para Matar Por Rubens Ewald Filho
| Data: 19/02/2017

Não sei se vocês se lembram do filme anterior, De Volta ao Jogo (John Wick, 14, direção de Chad Stahelski, com Keanu Reeves e um elenco inferior ao desta continuação). O filme modesto fez sucesso dizem muitos que por causa da elegância das cenas de ação e porque no fundo o público continua a gostar de seu astro Keanu Reeves apesar de suas idiossincrasias e vida misteriosa. O filme fez um sucesso relativo (orçamento vinte milhões, renda até agora 61). E esta continuação foi o oposto, custou 40 e rendeu ate agora por volta de 60! Até porque tem uma produção de luxo, no que parecia ser Roma (locações porém são no Canadá) e Keanu voltou a impor como diretor seu amigo Chad (que foi um dos stunts men da trilogia Matrix e o projeto era para ser uma trilogia).

Ele, que nunca foi dos mais expressivos, repete a dose com o rosto cada vez mais machucado tentando fazer as pazes com as vítimas do filme anterior. Cinco dias depois, o personagem continua caladão, sofre pela morte da esposa, explosão de sua casa e do cachorro (perdeu o anterior e o trocou por este daqui). E continua pressionado pela Continental, uma secreta organização de assassinos. Só que depois de uma abertura movimentada mas pouco original (onde o sueco Stormare faz o russo que ainda quer vingança), ele passa a ser perseguido por uma série de matadores, em geral italianos (o elenco tem até Franco Nero), mas nenhuma ligação romântica (mas sim vitimas!). Infelizmente o roteiro é mais fraco, até as cenas de ação são menos memoráveis e complicadas por um final de certa forma aberto. Porque ele vira um “ex comunicado!”.

Certamente inferior ao original, este Wick acaba sendo medíocre e imemorável.