Crítica sobre o filme "Limite Entre Nós, Um":

Rubens Ewald Filho
Limite Entre Nós, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/02/2017

Se tudo correr como o previsto este seria o filme que daria o terceiro Oscar de ator para Denzel Washington, no que é certamente seu trabalho também mais empolgante e poderoso. De verdade. Ele já ganhou Oscars de ator por Dia de Treinamento, 02, e como coadjuvante por Tempo de Glória (Glory). Também foi indicado como coadjuvante por Um Grito de Liberdade, (Cry Freedom , 87), Malcolm X, 93, O Furacão (The Hurricane, 99), O Vôo (Flight, 13) e também como diretor por este Fences (Literalmente traduzido seria Cercas, mas preferiram algo igualmente hermético!). Interessante notar que este é o terceiro filme dele como diretor, fez antes os modestos mas decentes O Grande Debate (The Great Debaters, 07) e Voltando a Viver (Antowne Fisher, 02).

Não há dúvida que ele é um excelente ator e nunca o vi melhor do que aqui quando faz um homem já de meia idade, Troy Maxson, que ganha a vida como empregado de esgotos nos anos 50 em Pittsburgh. Uma vez já sonhou em se tornar jogador profissional de beisebol e agora se ressente quando um filho planeja seguir a carreira agora que os times estão aceitando jogadores de beisebol negros. O conflito se complica ao envolver a esposa fiel de muitos anos (Viola Davis, favorita como coadjuvante).

Há, porém problemas. O filme é teatro filmado e nem tenta disfarçar isso. É longo demais com 2 horas e 19, sem alívios cômicos e ainda por cima tem uma pequena conclusão final. Até para mim que já tinha visto a peça (VEJA A RESENHA AQUI), me deu a impressão de que haviam feito uma versão mais longa. Ou seja, dificilmente irá bem de bilheteria no Brasil, como sucedeu nos EUA (custou 24 milhões de dólares e chegou agora aos 52 milhões!).