Crítica sobre o filme "Toni Erdmann":

Rubens Ewald Filho
Toni Erdmann Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/02/2017

Este é ate agora considerado o favorito para ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro no que veio a ser uma seleção bem meia boca (os melhores ficaram de fora da listagem, o que na verdade já é uma tradição da Academia! Fazer besteira!). E, neste caso, está dentre eles um outro filme que tem uma história parecida e é muito mais divertido e objetivo (que vem a ser o sueco Um Homem Chamado Ove, que lembra bastante este aqui e foi dirigido por Hannes Holm). Com frequência eu tenho reagido mal a determinado tipo de filme em especial comédia que os alemães tem realizado com sua mão pesada e seu humor bizarro. Este teve tantas indicações e premiações que me faz pensar num caso de delírio coletivo. Além de ser interminável.

A verdade é que humor não se discute porque cada um tem sua preferência e lógica. Aqui com atores nada atraentes se conta a história do já velho Winfried que encontra pouco sua filha trabalhadora Ines. Resolve visitá-la em Bucharest, onde ela vive como estrategista corporativa. Winfried, que se acha um gozador, resolve perseguir a filha com piadas, algumas muito sem graça, aprontando situações que a deixam embaraçada e algumas vezes sem sentido. Pai e filha chegam a um impasse quando o velho aceita ir para a Alemanha. Só que ele Toni Erdmann não desiste e assume outros disfarces (dentes falsos, roupas velhas, e assim por diante). Em toda a loucura, ela começa a ver que o pai no fundo não é tão louco.

Por sinal esta semana foi anunciada que uma versão americana do filme que será rodada com Kristen Wiig e trazendo de volta ao cinema Jack Nicholson (os boatos diziam que ele sofria de Alznheimer, o que parece não ser verdade). Com Nicholson certamente o filme será melhor e mais engraçado.