Crítica sobre o filme "Qualquer Custo, A":

Rubens Ewald Filho
Qualquer Custo, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/02/2017

Embora tenha passado em branco quando estreou nos cinemas, este filme acabou sendo resgatado por alguns críticos que chegaram a ameaçar com prêmios para Jeff Bridges e mesmo para o diretor. Na verdade, não é ruim, talvez um pouco americano demais para o atual gosto. Jeff esta se repetindo desde que levou o Oscar, fazendo boca mole e jeitão de caipira, aqui no papel de um velho xerife do deserto do Texas, que ajuda a investigar uma serie de assaltos a bancos, realizados por uma dupla de irmãos, um completamente maluco (Ben Foster, está acostumado a esse tipo de personagem, mas não conseguiu até hoje emplacar) e outro relutante e menos bandido (o bonitão Chris Pine é certamente hoje o mais esforçado astro de Hollywood, tentando provar que não é apenas galã de blockbuster, mas versátil o suficiente até como cantor. E aos poucos tem conquistado a boa vontade geral). Assim, embora previsível, o filme é curioso para quem gosta desse tipo de ação rústica.

O diretor Mackenzie é inglês e pouco conhecido por outros trabalhos como Encarcerado (Starred up, com Jack O´Connell), Esta Noite Você é Minha (You Instead, com Luke Treadway), Sentidos do Amor (Perfect Sense, com Ewan McGregor e Eva Green), Jogando com o Prazer (Spread, com Aston Kutcher e Anne Heche), Olhar do Desejo, com Jaime Bell, Paixão sem Limites (Asylum ,com Natasha Richardson), O Jovem Adam, com Ewan McGregor e Tilda Swinton. Todos imemoráveis com a possível exceção deste último por causa de uma cena de nudez. O roteiro Sheridan também é ator de muitos filmes (esta aqui creditado como “cowboy”) e ficou conhecido e até elogiado por causa de Sicário: Terra de Ninguém (15).

Se já se esperava alguma surpresa com o filme, acabou superando a expectativa quando foi indicado ao prêmio dos Critic´s Choice, que foi revelado dia 11 de dezembro em festa transmitida pela TNT comigo como comentarista. Eles deixaram de lado Chris PiIne (que é injusto), mas o filme foi destacado como indicados a melhor filme, diretor Ben Foster e Jeff Bridges como coadjuvante, melhor elenco, roteiro original. Muita coisa para um filme apenas modesto.

Detalhe: foi indicado ao Oscar de montagem, roteiro, coadjuvante (Jeff Bridges) e filme. Se ganhar algo será pelo roteiro.