Crítica sobre o filme "Como Você É":

Rubens Ewald Filho
Como Você É Por Rubens Ewald Filho
| Data: 07/12/2016

É curioso que esta semana tenham pensado em lançar filmes românticos para jovens, mas nem sempre estreando no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Parece que o mais prestigioso seria justamente este aqui, que foi premiado no Festival de Sundance deste ano com a seguinte menção: ”com o Premio Especial do Júri, para reconhecer um filme que achamos que representa o espírito de independência que o festival representa.Também é um filme sobre mostra a chegada de um diretor estreante corajoso, com um grande controle de sua maneira de dirigir.Há muito o que admirar nesta notável reflexão da tradicional passagem da adolescência e aguardamos ansiosos a nova visão do criador”. O filme tem ainda outra razão para ficar badalado porque ele me parece ser o primeiro trabalho a estrear aqui liderado pelo jovem Michael Heaton, que acabou ficando famoso pela serie da Netflix, não apenas no Brasil, mas em todo os EUA: Stranger Things (onde faz Jonathan) e também um terror recente chamado Refém do Medo (16, como Stephen).

A história acontece na época em que Kurt Cobain era o prefeito da angústia teen, mostrando a amizade entre dois rapazes , Jack, um solitário (Oewn) até quando sua mãe (a Mary Stuart Masterson que já foi estrela nos anos 80) o apresenta para o mais rebelde Mark (Heaton), filho do namorado dela (Cohen). Os dois ficam amigos, quase parentes, sem ressentimentos entre si. Ambos têm paixão pela música (Cobain inspirou o título do filme). Na história entra também a amiga Sarah (Amandla). Curiosamente a intimidade entre os dois rapazes acaba se tornando sexual que fica mal resolvida quando os pais se separam.

A crítica americana gostou muito do estilo do diretor que intercala depoimentos em vídeo, que de certa forma antecipam uma crise. Houve muitos elogios também para o diretor de fotografia Caleb Heymann que optou por um visual original. Vamos ver se tem a mesma força com o jovem público brasileiro.