O diretor Oliver Hirschbiegel é um veterano alemão que teve uma carreira internacional. Entre os filmes, o interessante A Experiência (2001), sobre guardas e prisioneiros que mudam de lugar numa prisão, O ficção cientifica Os Invasores (07) com Nicole Kidman e Daniel Craig, A Queda as Ultimas Horas de Hitler (04, com Bruno Ganz), contada pela secretária de Hitler, Rastros de Justiça (09, Five Minutes of Heaven, com Liam Neeson), quatro episódios da série Borgia e Diana (13) sobre os últimos dias de vida da Princesa Diana, com Naomi Watts.
Este Elser foi apresentado na Mostra Internacional de São Paulo e teve uma boa carreira em prêmios: foi finalista do European Film Award, Melhor diretor alemão, prêmio Metropolis, Melhor produção da Bavaria, e sete indicações para o German Film Awards.
Tenho que confessar que não gosto de filmes de que já sabemos a resolução. Como é notório o destino de Hitler, inclusive por causa de outro trabalho do mesmo diretor, a trama fica furada e perde o interesse. Assim se conta de uma forma tradicional e quase competente, como em Novembro de 1939, ou seja, ainda não começo do auge de seu poder e da Segunda Guerra, Hitler vai falar num evento e um rebelde, Georg Elser, instala no lugar bombas que deveriam matá-lo. Infelizmente ele sai 13 minutos antes do que a bomba deve estourar e durante o filme acompanhamos a trajetória desse Elser, nunca uma pessoa carismática (o próprio ator teve cara de gaiato e inativo, ele foi o professor em A Fita Branca) e enquanto fica preso e sendo torturado vamos acompanhando os fatos (também não especialmente memoráveis), o que levaram até aquele momento e a conclusão óbvia e irrefutável.
Tudo é tão convencional e já visto, que nem a frase de anúncio o desculpa. “A história do Homem que podia ter mudado a História”. Pois bem que podia, mas infelizmente não o fez.