Crítica sobre o filme "Terra Estranha":

Rubens Ewald Filho
Terra Estranha Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/10/2016

Que estranha a carreira de Nicole Kidman, que parece ter uma compulsão de representar e fazer filmes que de alguma forma a desafiem. Como aqui neste retorno a Austrália (ela é americana mas criada lá) porque quis interpretar um papel duro e difícil sob a direção de uma mulher chamada Kim Farrant, que antes só havia feito curtas e documentários. Seu prestigio levou o filme ao Festival de Sundance (Nicole tem um momento de inteira nudez, ainda que discreta, quando fica nua no meio do deserto). Mas foi mais um grande fracasso na carreira da estrela, apesar de ser uma interpretação esforçada e visivelmente sincera, o roteiro é mal desenvolvido e mal solucionado. Por vezes constrangedor. Não por culpa de Nicole. Mas para que entrar nessa?

Pior que ela quem está é Joseph Fiennes, irmão de Ralph, e que teve certo prestigio (apesar de seu rosto cavalar) de Shakespeare Apaixonado. Não tem nem idade nem peso para fazer o marido de Nicole que vive no interior da Austrália com dois filhos problemáticos, em particular a adolescente rebelde e com vocação de leviana. Não é surpresa alguma quando começa a flertar com os rapazes do lugar e depois some junto com o irmão quando enveredam pelo deserto. Haveria mil maneiras de solucionar a trama e o possível mistério, mas a diretora, que curiosamente não é a roteirista, escolhe o mais tolo e lamurioso.

Ou seja, não tema por Nicole, que ela não abusa mais do botox e agora esta enveredando por séries de TV como a continuação de Top of the Lake e a comédia Big Little Lies.